Venerado como um gestor de destaque, o governador Romeu Zema (Novo) tem atuado no sentido completamente oposto a tudo que aconteceu nos últimos anos no comando do governo mineiro, especialmente quando o tema é a comunicação social. Ao longo dos quatro anos e meio de administração, ele se mantém equidistante dos jornalistas, muito provavelmente para evitar que seja obrigado a corrigir falas proferidas fora de contexto, sempre gerando polêmica e denotando uma preponderante falta de intimidade sobre assuntos diversos.
É nítido o hiato dos seus métodos usados e de sua experiência de comunicação como um empresário de sucesso na comparação ao status de agora, alçado ao cargo de administrador público. Até porque, no posto de comandante de um dos maiores estados brasileiros, a pauta para disseminar informações, indubitavelmente, é bem distinta dos preceitos de sua vivência de comerciante, quando carecia de priorizar apenas a divulgação de um produto em destaque na prateleira.
Para atender uma orientação e à filosofia nacional de seu partido, o Novo, propala-se que o chefe do Executivo mineiro se atém aos resultados de sua imersão às redes sociais, onde segundo informações, conta com um uma dezena de profissionais, com tarefas diuturnamente de se conectar com os seguidores. De certo modo, ao priorizar somente esse modelo de comunicação pessoal, o titular do Palácio da Liberdade virou as costas para a imprensa, que, juntamente com prestadores de serviços e, especialmente as agências de publicidades, são uma indústria que gera empregos e paga impostos, tanto em Belo Horizonte como nas cidades-polo.
Nesse limiar de um novo intervalo de sua gestão, o governador Zema escolheu o engenheiro Bernardo Santos como Secretário de Estado de Comunicação. Roga-se a Deus que o novo nomeado tenha sucesso em sua empreitada, até porque, no período de quatro anos e meio, outros cinco nomes já ocuparam o mesmo lugar, sem poder amplificar o elo de comunicação importante do governo com a sociedade em suas respectivas demissões miradas.
Ao disputar a reeleição no ano passado, Zema abandonou por alguns meses a sua comunicação virtual para conceder entrevistas aos veículos de comunicação das grandes cidades do estado, defendendo a sua bandeira política. Por força da lei, ele não pode fazer campanha somente pela internet. Assim, fica comprovada a relevância da imprensa, a mesma estimada pelo poder público mineiro como de menor importância.