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Eleição para prefeituras será um desafio para o PT mineiro

Marília Campos é uma das estrelas do PT de Minas / Foto: Daniel Protzner

A cada pleito, o Partido dos Trabalhadores (PT) vem elegendo menos prefeitos e vereadores em Minas Gerais, circunstância que poderá se repetir no próximo ano. A situação de hoje indica uma articulação, visando a reeleição das prefeitas de Contagem, Marília Campos, e de Juiz de Fora, Margarida Salomão.

Relativamente ao nome de Marília, vale lembrar que ela nunca perdeu uma disputa local e ocupa o cargo pela terceira vez. Já o projeto político de Margarida caminhou por uma trilha mais modesta, tendo sido alçada ao Executivo depois de várias tentativas. Mesmo assim, os petistas apostam na avaliação positiva do seu nome para o pleito de 2024.

Sem conexão com Brasília

Em uma sondagem rápida, junto aos petistas de Minas, é possível constatar que a sigla não tem nenhum plano concreto de conquistar prefeituras no próximo ano no estado. A aposta em nomes competitivos, especialmente para comandar os municípios, pode ficar por conta de lideranças regionais. Em realidade, os parlamentares do PT estariam entusiasmados com as benesses do governo em Brasília, enquanto filiados de mais prestígio continuam buscando indicações para cargos no governo federal.

Um exemplo claro da falta de prestígio do grupo vem do Vale do Aço, outrora denominado de Vale Vermelho. Por lá, nas cidades de Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo, as chances de vitória são remotas. Sabe-se apenas da pretensão de tentar voltar ao poder do veterano médico, o ex-prefeito Chico Simões.

No segundo colégio eleitoral de Minas, Uberlândia, o petista Gilmar Machado tem ensaiado uma possível disputa. Só para lembrar, mesmo tendo sido prefeito, ele também foi derrotado na tentativa de continuar no comando do município. Sua liderança não é uma unanimidade junto aos milhares de eleitores.

Em Uberaba, no Triângulo Mineiro, há informação de uma boa avaliação quanto ao nome da blogueira Patrícia Campos. Ela tentou ser escolhida para o Executivo na última eleição. “Desta vez, ela vai para cima, para vencer a parada”, diz um amigo.

A cidade de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, atualmente é administrada por Daniel Sucupira. A incógnita é saber se ele vai conseguir eleger um sucessor. “O município sempre preferiu apostar em prefeitos da esquerda, mas com essa onda de rede social e política, tudo misturado, algum resultado diferente pode acontecer”, avaliam os entendidos da situação local.