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Lula deve vir a Minas para anunciar solução da dívida entre Estado e União

Não foram divulgados os detalhes da agenda de Lula e Zema estaria ouvindo os conselhos do Partido Novo / Fotos: Reuters/Adriano Machado e Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Os mistérios, coadunando com a falta de informação oficial, conceberam a tônica do assunto concernente à vinda de Lula (PT) a Minas Gerais, prevista para os dias 7 e 8 de fevereiro. Uma fonte de Brasília adiantou ao Edição do Brasil que o presidente da República pretende vir ao Estado para anunciar uma série de benefícios em favor da população mineira e belo-horizontina.

No entanto, a possibilidade é que ele venha, especialmente, para encontrar uma solução definitiva para a quitação da dívida de mais de R$ 160 bilhões do governo mineiro com a União.

Aliás, o principal ator na intermediação dessa negociação é o presidente do Senado, o parlamentar mineiro Rodrigo Pacheco (PSD). “Se a dívida não for quitada, em março, o Executivo estadual entrará em colapso, pois não teria condições de pagar o débito devido”, rememora uma fonte.

Evento político

Informações de Brasília dizem se tratar também de um roteiro para turbinar os assuntos políticos. Em contato com a imprensa mineira, o deputado federal Rogério Correia (PT) antecipou a sua expectativa de uma série de resultados práticos a partir da presença de Lula no Estado.

A possibilidade é do anúncio das obras de um Hospital Universitário em Juiz de Fora, além da transferência do espaço do antigo Aeroporto Carlos Prates para a Prefeitura de Belo Horizonte, onde a municipalidade poderia desenvolver um preponderante projeto de moradias, praça de esportes, postos de saúde e salas destinadas à educação de primeiro grau.

Até o final de semana, o tema relacionado ao deslocamento de Lula a Minas ainda não tinha sido pautado pelo Palácio da Liberdade. Nos bastidores da Assembleia Legislativa, haviam insinuações indicando uma reação, com alguns membros do Partido Novo, a mesma sigla do governador do Estado, sugerindo que Zema não compareça na recepção ao presidente.

Para além dessas falações de cunho meramente político, observações difundidas pela imprensa nacional dão conta de uma reunião do presidente Lula com seu adversário político e de linha ideológica de direita, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Ambos acertaram a construção de uma rodovia naquele estado, trazendo benefícios para a região compreendida entre Santos e Guarujá.

Se Tarcísio de Freitas, mesmo com ideologia política diferente de Lula, se prestou a recebê-lo, não ficaria bem ao chefe do Executivo mineiro virar as costas para a propalada presença do comando do Planalto à Belo Horizonte e em outras cidades. Como dizem nos bastidores: “tudo vai depender da posição dos membros do Partido Novo, tanto dos mineiros, assim como da cúpula nacional da sigla”, confessam pessoas com acesso ao Palácio Tiradentes.