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BH, cidade do Carnaval

Por décadas a fio, a expressiva participação popular em eventos carnavalescos era noticiada a partir do Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, entre outras cidades. Porém, nos últimos anos, a folia de Momo é uma realidade também nas ruas de Belo Horizonte, no qual o número de participantes vem aumentando. O evento atrai turistas do Brasil todo que chegam aqui para participar da alegria de uma das festas mais populares do país.

É sempre bom rememorar que, por conta da COVID-19, a realização do Carnaval ficou suspensa e sua última edição ocorreu em 2020. Agora, após dois anos paralisado, está de volta, com expectativa de reunir aproximadamente 5 milhões de pessoas, conforme projeção da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur). De acordo com estimativa do Sindicato de Hotéis (SindHotéis), mais de 200 mil visitantes serão procedentes do interior de Minas. O setor hoteleiro prevê ocupação de 100% no período da festa, até porque, Belo Horizonte é o terceiro destino mais procurado para a data.

Esse cenário enseja uma reação positiva do ponto de vista da contratação de funcionários, podendo chegar a 5 mil empregos a partir de agora e caminhando nesta direção proativa até o fim de 2023. Em Belo Horizonte, segundo planilha do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (SindiHBaRes), cada folião tende a investir uma média de R$ 1 mil por dia, gerando mais impostos para o município e renda para os empresários envolvidos na cadeia produtiva do lazer e da alimentação. A entidade aponta um crescimento de até 10% em relação ao último ano para esses setores especializados.

Os eventos oficiais estão marcados para acontecer entre os dias 4 e 26 de fevereiro em vários bairros da cidade. Já se nota a presença de foliões por conta de ensaios, desfiles e outras atividades, treinando o tamborim e o reco-reco, para que tudo esteja afinado no ápice do acontecimento. O poder público, em parceria com a iniciativa privada, aportou algo em torno de R$ 6 milhões para a realização do certame. Para além desta realidade, expectativas apontam um movimento financeiro de R$ 630 milhões, cujo montante servirá para turbinar a economia do município. De acordo com informações da Belotur, serão 479 blocos e 523 cortejos de rua, acrescentando-se a esses números, o esperado desfile das escolas de samba.

Com mais esta edição, Belo Horizonte passa a figurar na lista dos grandes temas festivos nacionais. Deixa, portanto, de ser considerada uma cidade apenas de passagem dos turistas, que se acomodavam na rede hoteleira por um pernoite, pois os destinos turísticos do estado sempre foram as cidades do interior, como as históricas Ouro Preto, Mariana, e também o Circuito das Águas, no Sul de Minas.

As autoridades públicas dispuseram de uma infraestrutura capaz de garantir a comodidade e a segurança dos foliões. Belo Horizonte, agora, mais do que nunca, está de braços abertos e deseja boas-vindas a todos os visitantes.