Para além da recente tragédia ocasionada pela COVID-19, eis que, ao longo de décadas, a humanidade se depara com novos desafios para manter a saúde física e mental em ordem. Com o passar do tempo e graças à ciência, as pessoas foram encontrando caminhos menos dolorosos para dar continuidade a nossa existência.
Contudo, isso não se mostra suficiente para dissipar doenças como é o caso do diabetes. Como uma erva daninha, essa patologia vem desafiando os profissionais da saúde e, agora, de acordo com os números de diferentes órgãos oficiais, cresce no mundo todo. Uma das explicações seria a vida moderna, que proporciona um estilo de vida cada vez mais sedentário junto a uma alimentação inadequada, baseada em comidas rápidas, industrializadas e ricas em açúcares e carboidratos.
Segundo dados do Atlas Diabetes de 2021, recentemente divulgado, aproximadamente 537 milhões de adultos com idade média entre 20 e 79 anos, cerca de 10,5% da população mundial, sofre desse mal. Ao se fazer uma projeção, a expectativa é que esse número aumente para 643 milhões em 2030 e 784 milhões em 2045. E esses são indicadores alarmantes, diga-se de passagem.
Esse estudo revela ainda que o Brasil é o campeão do ranking quando o assunto envolve a América Latina, com 15,7 milhões de pessoas adultas diabéticas, caminhando para 23,2 milhões até 2045. A verdade é que não é nada confortável saber que o nosso país ocupa o 6º lugar na lista mundial quando todos os países são incluídos.
Infelizmente, o diabetes colocou o Brasil no top 3 entre as nações em que há maior despesas com tratamento. Neste ano, o custo estimado foi de US$ 42,9 bilhões, ficando atrás apenas da China e Estados Unidos, com US$ 165,3 bilhões e US$ 379,5 bilhões, respectivamente.
A ciência cuida das consequências na ponta, no entanto, a premissa das informações nos leva a desafiar a todos a ter hábitos mais saudáveis na tentativa de evitar a doença. Praticar esportes de forma cotidiana e preferir alimentos menos industrializados podem ser os primeiros passos. Assim como ingerir bastante água, uma vez que ela ajuda na proteção contra a hiperglicemia, estado em que o sangue fica com altas taxas de açúcar.