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Oposição já contabiliza 39 votos para eleger Tadeu Martins Leite à presidência da ALMG

Tadeu Martins Leite é o nome preferido da oposição / Foto: Reprodução ALMG/Sarah Torres

Em relação a discussão referente aos nomes mencionados para disputar a presidência da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) há um entrave burocrático impedido a evolução do tema. Há 23 dias, o ato consolidando o nome do atual presidente da Casa, Agostinho Patrus (PSD), como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG) está sob a mesa do governador Romeu Zema (Novo), a quem cabe, oficialmente, tomar a decisão.

Esse assunto vem consumindo grande parte do tempo de deputados e articuladores de plantão. Por exemplo, quando o nome do deputado Tadeu Martins Leite (MDB) começou a conquistar destaque nos bastidores, logo o vice-governador Mateus Simões (Novo) e o ex-secretário de Governo Igor Eto (Novo) entraram em ação.

Eles fizeram uma reunião com sete deputados do PSD, sob o comando de Gil Pereira. Por lá, dizem que Tadeuzinho, como é conhecido, conta com o apoio do PT e do deputado Arlen Santiago (Avante). A ordem é tentar dividir o seu grupo do Norte de Minas, mesmo assim, essa denominada aliança já contabiliza 39 votos, incluindo a bancada petista, com 11 parlamentares.

Por trás desse contingente, são muitos os políticos atuando, inclusive o senador Alexandre Silveira. Ele é o presidente estadual do PSD, mas, ao contrário de Pereira, trabalha firme para eleger um representante mais distante da mira política do governador Zema (Novo).

O deputado Alencar da Silveira (PDT) afirma: “Vamos dar um banho de votos nos governistas”. Importante registrar que ele é um dos entusiastas defensores do candidato do MDB.

Se o nome do emedebista começa a conquistar espaço como candidato independente, mais em sintonia com os anseios da Casa, a base governista bate cabeça. Filiado ao Partido Liberal, o experiente deputado Antonio Carlos Arantes, atual vice-presidente do Legislativo mineiro, sempre foi citado como um nome ideal para o posto, justamente por ser um político de atitudes democráticas. Ele é próximo a Zema, mas, no seu próprio partido, novos ventos sopram outro parlamentar: o deputado Gustavo Santana.

Semana passada, o deputado do Avante, Roberto Andrade, disse a jornalistas que ele é o candidato sugerido pelo Palácio Tiradentes. Ao entrar em cena, o parlamentar entendeu que, se o poder central está ao seu lado, deve fazer o jogo certo, pois existe um grupo de colegas querendo manter alguém no posto que possa significar a continuidade do status de agora que é de distanciamento entre Legislativo e Executivo.

Correndo por fora, ainda existem os nomes do ex-líder do Governo Gustavo Valadares (PMN) e do parlamentar Zé Guilherme (PP).

Rito

De acordo com o estatuto do Legislativo mineiro, se a formalização de Patrus ao TCEMG ocorrer até 30 de novembro terá de acontecer uma eleição extemporânea de 60 dias para o posto de presidente da ALMG. Por conta disso, a base governista precisaria entrar em cena, inclusive se valendo dos atuais deputados para eleger alguém ligado ao Palácio Tiradentes.

Agora, caso o mote não avance, ele poderá ficar no posto até dia 30 de janeiro de 2023, quando se instalaria a nova legislatura.