Mesmo após a reabertura da economia, o comércio eletrônico continua sendo a principal escolha dos consumidores brasileiros. De acordo com uma pesquisa realizada pelo NZN Intelligence, em agosto deste ano, 64% dos entrevistados ainda preferem fazer as compras de forma on-line.
Para 60,5% das pessoas que participaram do estudo, a comodidade, a praticidade e os preços atrativos são alguns dos motivos que levam a consumir por meio do e-commerce. Além dessas razões, a possibilidade de conferir avaliações de outras pessoas (33,7%) e a variedade de lojas (30,5%) também foram citadas.
A pesquisa revelou ainda que 32% disseram que as compras virtuais pós-pandemia “aumentaram bastante”. Sendo que 27% informaram que “pouco aumentou”, 26% acreditaram que “permaneceu igual” e 15% afirmaram que “diminuiu”.
A assessora de imprensa, Ana Vitória Lopes, conta que as aquisições digitais viraram rotina e que ela gosta dessa modalidade. “Faço compras no supermercado de forma on-line, pois consigo agendar data e horário da entrega, facilitando minha vida. Compro em dois sites e pesquiso preços e condições do delivery”.
O estudo ainda destacou os valores a serem investidos em compras virtuais por mês, 37% dos entrevistados afirmaram estar dispostos a gastar mais de R$ 300. Enquanto 19% declararam ter uma quantia entre R$ 150 a R$ 300 disponíveis; 17% gastariam até R$ 50; 14% responderam que consideram a quantia entre R$ 50 e R$ 100; e, por último, 13% disseram estar preparados a gastar entre R$ 100 e R$ 150.
Para a CEO da NZN, Tayara Simões, as aquisições de forma digital tendem a aumentar ainda mais e as empresas que não tiverem se conectado ou ampliado sua atuação não vão conseguir acompanhar esse movimento. “Não é só colocar os produtos no e-commerce e acreditar que eles serão vendidos sozinhos. É preciso se comunicar, criar um elo entre a empresa e o consumidor. As marcas que avançaram no mundo virtual são aquelas que perpetuam suas relações para além da internet”, diz.
Perfil dos consumidores
Segundo a pesquisa, entre os 87% que preferem o mercado digital e alegam pesquisar antes de efetuar o pagamento, a maioria busca por informações em avaliações de outros usuários e em sites especializados.
A auxiliar de professor, Ana Paula Soares, afirma que antes de concluir a compra, sempre procura referências. “Leio as avaliações da loja e do vendedor. Gosto desse tipo de compra por causa da praticidade, forma de pagamento, atendimento e variedade”.
Ainda de acordo com o estudo, os aparelhos eletrônicos são os itens mais comprados pelos brasileiros na internet, totalizando 60,8%. Em segundo lugar estão roupas, sapatos e acessórios, com 42,4% e, em seguida, aparecem os eletrodomésticos, com 34,8%.
Além disso, artigos para decoração da casa (22,5%), viagens (19,7%), produtos de beleza (18,8%), móveis (16,4%), itens esportivos (16%), alimentos (14,9%) e produtos de limpeza (6,8%), também compõem a lista.
A jornalista Bruna Borges, que é cadeirante, comenta que os cosméticos e as roupas são as mercadorias que ela mais compra de forma virtual. “Os produtos de vestuário e beleza eu só adquiro depois de comparar preços, feedbacks e a qualidade. Após a pandemia, o e-commerce se tornou mais frequente e a minha opção pela compra on-line é por causa da falta de acessibilidade na maioria das lojas físicas, pois há uma falta de preparo em proporcionar a inclusão”.