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MG registrou melhora no volume de vendas no comércio varejista

Foto: Pixabay

O Núcleo de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG) analisou os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o desempenho do comércio no mês de fevereiro de 2023 (Pesquisa PMC/IBGE). A partir dos números, foram avaliados os últimos 11 percentuais para o volume de vendas no comércio varejista ampliado e apresentando a variação do volume vendido mensalmente (comparado ao mês anterior – com ajuste sazonal) e a variação acumulada em 12 meses.

Em fevereiro de 2023, o volume de vendas, no comércio varejista ampliado, apresentou um aumento de 1,7% frente a janeiro, acumulando um aumento de 0,1% nas vendas do ano. A variação acumulada em 12 meses, por sua vez, sinalizou uma queda de 0,5% no volume vendido. Na mesma base de comparação, o volume de vendas no comércio varejista ampliado de Minas Gerais acumulou um crescimento de 1,7%.

A economista Renata Camargos esclarece que o estado apresentou recuperação nos últimos seis meses, diferentemente do que foi observado no país. “Muito disso se deve à geração contínua de empregos, puxada, principalmente, pelo setor de comércio e serviços”.

Em fevereiro de 2023, a atividade que gerou maior peso, no Brasil, foi a de livros, jornais, revistas e papelaria (12,1%), ao passo que, em Minas Gerais o setor que apresentou maior destaque foi o de atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (11,7%). Em contrapartida, a atividade com menor peso, tanto em nível estadual quanto em nível nacional é a de tecidos, vestuário e calçados (6,7% e 7,3%, respectivamente).

Para Renata, o consumidor, diante de um cenário de juros e inflação altos, deu preferência ao consumo de produtos básicos e essenciais, como é o caso de alimentação e remédios. “Segmentos que demandam pagamento via crédito foram negativamente impactados pela elevada taxa de juros vigente na economia”.

A retração observada no volume mensal de vendas do comércio varejista ampliado foi sentida por alguns grupamentos do setor, sendo eles: equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-10,4%), tecidos, vestuário e calçados (-6,3%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,0%).

O segmento de livros, jornais, revistas e papelaria foi o que apresentou o maior crescimento no período (4,7%), seguido do segmento de veículos, motocicletas, partes e peças (1,4%), e de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,4%). “O crescimento de livros, jornais, revistas e papelaria mostra que o consumidor já estava se preparando para o período de volta às aulas”, afirma a economista.

Nacionalmente, no agregado, o volume de vendas no comércio varejista ampliado retraiu 0,5% no acumulado em 12 meses. No entanto, alguns segmentos apresentaram uma retração superior ao observado no índice geral, ao passo que cinco, dos 11 segmentos, ainda permanecem no campo positivo em termos de volume vendido.

O segmento de “outros artigos de uso pessoal e doméstico” foi o que apresentou a maior queda no volume de vendas no acumulado em 12 meses, atingindo -9,4% nos níveis de vendas. Na sequência, observamos o segmento de material de construção (-7,9%), móveis e eletrodomésticos (-4,7%).

No campo positivo, o destaque é atribuído ao segmento de combustíveis e lubrificantes, cujas vendas apresentaram um aumento de 20,9%. Os segmentos de livros, jornais, revistas e papelaria (10,6%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (3,7%) também apresentaram aumento nas vendas no acumulado em 12 meses.

No entanto, alguns segmentos apresentaram uma retração, comportamento contrário ao observado no índice geral, ao passo que apenas quatro, dos onze segmentos, permanecem no campo positivo em termos de volume vendido. O segmento de outros artigos de uso pessoal e doméstico foi o que apresentou a maior queda no volume de vendas no acumulado em 12 meses, no estado, atingindo -8,7% nos níveis de vendas. No campo positivo, o destaque é atribuído ao segmento de combustíveis e lubrificantes, cujas vendas apresentaram um aumento de 26,9%.