Home > Economia > Setor de serviços em Minas supera o acumulado nacional

Setor de serviços em Minas supera o acumulado nacional

Índice atingiu um crescimento de 9% / Foto: Divulgação – Fecomércio

 

Minas Gerais registrou um crescimento de 9% no volume de serviços prestados nos primeiros oito meses do ano, segundo análise realizada pelo Núcleo de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG) referentes ao desempenho do setor no mês de agosto de 2023. O estado mineiro superou consideravelmente o cenário nacional, que registrou uma alta de 4,1%. No entanto, comparado ao mesmo período do ano anterior, o percentual apresentou queda de 1,9 ponto.

De acordo com o economista Gelton Pinto Coelho, dentro dos vários fatores é importante destacar as políticas governamentais, como o programa Desenrola. “Além disso, a queda da inflação proporcionou mais renda disponível através de preços mais adequados. O controle do valor dos combustíveis também influenciou. Antecipações de 13º salário tiveram reflexos para além do mês em que foram transferidos. Isso acontecendo de maneira conjunta muda o humor das pessoas e a crença de que a economia está melhorando”.

“Empresários investem, contratam, geram renda e as pessoas empregadas retornam a consumir de forma mais equilibrada, ressaltando que o patamar da taxa de juros ainda é uma trava à concessão de crédito. Poderíamos ter avançado ainda mais, se o Banco Central adotasse a taxa correta para o momento”, complementa.

Ao analisar o acumulado dos últimos 12 meses, o Estado registrou um crescimento de 9,9%, mantendo uma tendência de alta desde maio de 2021. Enquanto isso, o Brasil apresentou um aumento de 5,3% nesse mesmo período. Segundo a instituição, o desempenho positivo do setor permanece há 27 meses consecutivos, com Minas Gerais mantendo um avanço mais expressivo em relação ao cenário nacional.

Em agosto, o Estado mineiro apresentou um aumento de 6,1% no volume de serviços em comparação com o mesmo período do ano anterior. Em contraste, o Brasil registrou um crescimento de 0,9%, uma diferença de 5,2 pontos percentuais. No que diz respeito à variação mensal, Minas obteve uma desaceleração de 1,8% em relação a julho, interrompendo uma tendência de alta de três meses. No Brasil, houve uma queda de 0,9%.

O economista esclarece que Minas tem uma grande vantagem de ser um Estado central. “Apesar das estradas em péssimas condições, há muitas possibilidades de desenvolvimento, como no setor de turismo, onde é crescente o número de pessoas voltando a se deslocar no país. Também tem a melhora nos níveis de empregos que favorecem as Federações com Produto Interno Bruto (PIB) maior e o transbordamento da renda ocorre de maneira mais rápida”.

Coelho pontua ainda que alguns fatores podem influenciar diretamente os índices nos próximos meses. “Como é o caso das taxas de juros, a inflação e a disponibilidade de renda da população. Continuando com as atuais políticas nacionais, é certo que os avanços serão cada vez maiores e mais positivos”.