Nesta reta final de campanha, a indefinição para a escolha de um nome a ser eleito senador em Minas Gerais continua sendo uma realidade. Há um mês, tudo levava a acreditar que o deputado Cleitinho Azevedo (PSC), era o preferido dos eleitores, no entanto, isso vem mudando já que o atual senador Alexandre Silveira (PSD) chegou bem próximo do seu principal concorrente, com diferença de três a cinco pontos, nos últimos dias dependendo do instituto responsável pela análise.
É do conhecimento da imprensa que Silveira tem realizado um trabalho de convencimento junto às lideranças de aproximadamente 500 municípios. O objetivo é contrapor ao Cleitinho, uma vez que sua campanha está mais concentrada nas redes sociais, além de contar com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL).
O que mais se ouve nos bastidores, quanto às indagações com relação ao potencial de cada um, são as comparações. Sabe-se que Silveira tem uma experiência pública acima dos demais concorrentes, afinal, já foi dirigente público, secretário de Estado, parlamentar federal, além de delegado da Polícia Civil de Minas Gerais.
A aposta de seus assessores é mostrar a sua capacidade de entender os meandros do Congresso. Desde o início de setembro, ele aparece com frequência sendo apoiado por Lula (PT). Em suas andanças pelo interior, compila a seu favor apoio do próprio candidato ao governo mineiro, Alexandre Kalil (PSD), e de um grupo de deputado e candidatos petistas que difundem o seu projeto político.
É interessante lembrar que Cleitinho é um político fruto da era digital, bem ao estilo político de Bolsonaro, principalmente, no sentido de negar a velha política, evitar uma aproximação mais consistente com a imprensa e falar mal dos políticos. Talvez, por isso, ele conte com o suporte explícito do presidente da República, que é um trunfo forte, porém, que não reverbera com tanta eficácia perante as lideranças nos rincões mineiros.
O terceiro da lista, apontado pelos eleitores mineiros, segundo as pesquisas, é o candidato Marcelo Aro (PP), parlamentar federal e ex-vereador de BH. Até então desconhecido do grande público nas diferentes regiões de Minas Gerais, de três semanas para cá, ele tem aparecido em todos os atos de campanha do governador Romeu Zema (Novo). Mesmo assim, o chefe do Executivo estadual não está conseguindo transferir o seu prestígio eleitoral para o companheiro de empreitada.
Até o final da próxima semana “muita água deve passar por debaixo da ponte”, mas, dificilmente, o cenário será alterado por completo. Ou seja, a única vaga ao Senado deve, de fato, ser ocupada por um desses três nomes. Pelo menos é o que indicam as sondagens, embora, em política, tudo pode acontecer.