Home > Editorial > Redes sociais e a eleição 2022

Redes sociais e a eleição 2022

A comunicação com eficiência é a pretensão dos candidatos a diferentes cargos que, neste pleito de 2022, irão utilizar das redes sociais para chegar mais próximo dos seus eleitores, levando as suas respectivas mensagens e propostas.

Mas o desafio de outrora não está sendo muito diferente nesta peleja de agora no sentido não somente de comunicar, mas sim, de convencer o eleitor. O uso das redes será um instrumento que, em Minas, deverá ser o canal prioritário para influenciar cerca de 16 milhões de pessoas aptas a implementar os seus sufrágios.

Contudo, isso não deve ser avaliado como uma tarefa fácil, especialmente para os denominados candidatos pleiteantes das cadeiras proporcionais, como os postulantes aos cargos de deputado federal e estadual. Existe a estrutura montada pelos nomes que, atualmente, já são parlamentares. Afinal, no caso de Minas, apenas 12 dos 77 eleitos no último pleito não tentarão a reeleição à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Para além desta realidade, na Câmara de Vereadores de Belo Horizonte, segundo levantamento dos bastidores, existem 16 nomes disputando uma chance ao Legislativo mineiro. Em verdade, essa cena onde os vereadores tentam se projetar a postos mais elevados vem acontecendo nas grandes cidades do estado. Em Juiz de Fora, são nove vereadores buscando esse caminho visando a mudança de status.

O especialista em marketing político Janiel Kempers salienta sobre a existência das diferentes opções para quem almeja se tornar mais popular no âmbito da internet. Em sua avaliação, as alternativas levadas a efeito pelos políticos mais tradicionais prosseguem, até então, nitidamente concentradas em torno do Instagram e do Facebook, embora os jovens entre 18 e 36 anos tenham a preferência pelo Tik Tok.

Igualmente importante é observar um panorama: as mesmas redes sociais mensageiras das postulações dos candidatos servem, outrossim, como uma espécie de toxina para contaminar possíveis adversários por intermédio de postagem de notícias falsas ou distorcidas, tendo como objetivo rotular opositores pejorativamente, além de macular a imagem deles ao serem atingidos pelas fake news.

A aludida ferramenta digital veio para ficar, mas, no caso presente, serve de instrumento destinado a incrementar projetos do bem, mas, ao mesmo tempo, abre espaço para controvérsia. O importante é que o internauta saiba avaliar o que deve ou não compartilhar para não prejudicar os aspirantes sérios e bem-intencionados.

Minas Gerais, com seus mais de 800 municípios, e uma extensão territorial equivalente a muitos países do continente europeu, tem uma característica peculiar por conta da cultura diferente. E, por certo, para quem está em busca de votos é imprescindível um contato direto do postulante junto aos seus correligionários.

É verdade que para as candidaturas majoritárias, por exemplo, à Presidência da República, ao Governo do Estado e ao próprio Senado, a utilização da difusão por meio das redes sociais fará bem mais efeito. Relativamente aos interessados apenas a uma vaga à Câmara Federal e também à ALMG, o roteiro é diferente. Eles necessitam de enfrentar estradas, visitar cidades menores, rincões e seus distritos, caso queiram se habilitar a receber o retorno em forma de voto. Ao se acomodarem com a comunicação virtual, podem estar abandonando um enorme potencial de resultado positivo em suas respectivas campanhas.