Dados disponibilizados pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) confirmam a circulação de algo em torno de R$ 700 milhões na economia da cidade por conta do Carnaval, onde média de 5 milhões de pessoas participaram do evento. Inquestionavelmente, estamos nos referindo a um dos grandes certames do gênero em todo o Brasil. Ao voltarmos no tempo, a promoção serve para minimizar um slogan difundido em décadas passadas, pelo então presidente da Belotur, José Francisco, segundo o qual Belo Horizonte não tem mar, mas é a capital nacional dos barzinhos. É como se estivéssemos anunciando aos quatro ventos: sim, BH é, concomitantemente, um destino turístico e de lazer.
Após dois anos sem realizar a festa, a cidade retomou o acontecimento e proporcionou uma alegria incondicional aos foliões, inclusive, no seu bojo como atividade paralela, turbinou também a economia de Belo Horizonte e do próprio estado, mediante a geração de muitos empregos temporários e a prestação de serviços de diferentes especialidades.
A rede hoteleira, restaurantes e os bares ainda estão comemorando os excepcionais resultados de vendas. Em artigo publicado aqui no Edição do Brasil, o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva reconheceu a importância da decisão do prefeito Fuad Noman (PSD), quando autorizou que as lojas e o comércio especializado pudesse funcionar plenamente nos dias citados, com o escopo da ajudar atender às demandas dos consumidores.
Agora, Belo Horizonte, na avaliação da imprensa especializada, está inscrita entre os endereços famosos do país, passando a fazer parte da lista dos locais ideais para curtir cultura e lazer, acrescentando-se a oferta de bons negócios e compras em geral.
Nesses dias da folia, BH lembrava a tão propalada “Cidade Dormitório”. A fantasia, a música arrojada, o rufar dos tambores e os trios elétricos transfiguraram a feição da ex-pacata cidade. Assim, os participantes tiveram a oportunidade de curtir as dezenas de blocos espalhados por todas as vias públicas. E o auge foi então na terça-feira, perante o desfile das escolas de samba na Avenida Afonso Pena, com arquibancadas repletas de pessoas aplaudindo e comemorando até o amanhecer da quarta-feira de Cinzas, quando a última escola desfilou na via.
Diferente do Rio de Janeiro e São Paulo, com seus conhecidos “arrastões”, por aqui a segurança pública mereceu destaque. Por exemplo, a atuação firme das Forças de Segurança com a Polícia Militar se fez presente em todos os pontos de evolução carnavalesca, o auxílio da Guarda Municipal, a exemplar performance da Defensoria Pública, entre outras instituições transformaram os espaços públicos em locais de pura alegria. O balanço geral foi de um evento marcado pela convivência e harmonia dos foliões, sem exacerbações.
O acontecimento pelos seus números se fez grandioso. E, se lá no século passado, o intelectual Castro Alves profetizou: “A praça é do povo, como o céu é do condor”, desta feita, a frase do poeta brasileiro se transformou em realidade. Os principais logradouros, inclusive nas vias dos bairros, estiveram lotados nos dias da festa, proporcionando muita emoção e regozijo a uma gama de mineiros e brasileiros.