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Sucessão mineira não será a mesma depois da união de Bolsonaro e Viana

Carlos Viana tem o apoio explicito do presidente da República / Foto: Reprodução/Instagram

A presença do presidente Jair Bolsonaro (PL) a Minas, mais precisamente em Montes Claros, foi o tema que ocupou a agenda da imprensa mineira durante toda a semana. Paralelamente, quem se beneficiou do ato foi o senador Carlos Viana (PL) ao ter confirmada a sua candidatura ao governo estadual, desta vez, com apoio explícito do presidente da República, o que, certamente, deverá mexer as peças do tabuleiro da sucessão estadual.

Relativamente a esse projeto, até o último instante estava sendo negociado a inserção do atual deputado Bilac Pinto (União Brasil) como vice de Viana e existia também a especulação a respeito da postulação do deputado Cleitinho Azevedo (PSC), buscando uma vaga ao Senado.

Para além disso, constata-se ainda outro projeto político: a candidatura ao governo mineiro do tucano Marcus Pestana. O PSDB estava tentando “namorar” com o Palácio Tiradentes, mas preferiu deixar este flerte de lado e emplacar nome próprio para a eleição.

A verdade é que já se fala em uma mudança de panorama, o que pode significar um impacto capaz de modificar o duelo, até então, polarizado entre o governador Romeu Zema (Novo) e o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD).

Como se sabe, o nome de Kalil estava crescendo, uma vez que teve sua campanha atrelada ao ex-presidente Lula (PT), especialmente em regiões mais distantes do estado. Circulam informações de que o ex-prefeito de BH, já tem uma significativa popularidade em todo o Vale do Jequitinhonha, além da região metropolitana. No projeto de Zema, e do ponto de vista eleitoral, a definição pelo nome do ex-vereador de BH Matheus Simões como vice, na prática, não acarretaria em votos. Para além dessa realidade, o Partido Novo foi determinante, visando manter no segundo colégio eleitoral brasileiro uma chapa denominada de “sangue puro”. Contudo, pode ser que este bate e rebate de agora, acabe se configurando em um segundo turno este ano. E, isso, como se prenuncia, é uma nova eleição.

Bolsonaro em Montes Claros 

Os últimos dias da semana foram de alvoroço quanto à presença do presidente Bolsonaro a Montes Claros, no Norte de Minas. Aliás, no dia 4 de agosto, o deputado estadual, Arlen Santiago (Avante), já se deslocava de Belo Horizonte para Brasília, com o objetivo de fazer parte da comitiva do candidato presidencial. No mesmo dia, segundo informações de bastidores, já havia mais de 10 mil inscrições de interessados em participarem de motociata preparada para receber os convidados.

No parque de exposição da cidade, a expectativa era de cerca de 30 mil pessoas, inclusive entre elas havia prefeitos, vereadores e outras lideranças em geral. Um destaque, nesse ínterim, são os dirigentes da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (AMAMS), sob o comando do prefeito de Padre Carvalho, José Nilson Bispo de Sá (Republicanos) e, também, do Consórcio Intermunicipal Multifinalitário da Área Mineira da Sudene (CIMAMS) e prefeito de Patis, Valmir Morais de Sá (PTB).