Em Belo Horizonte, ações práticas estão sendo implementadas por diversas entidades e instituições visando mitigar a onda de brutalidade contra mulheres. De acordo com o boletim “Elas Vivem”, da Rede Observatórios da Segurança, a cada 5 horas, uma mulher é vítima de violência no país, que atinge patamares assustadores: 65% de feminicídios e 64% de ocorrências relacionadas às agressões.
Minas Gerais registrou nada menos do que 152 vítimas fatais em 2021. Já na capital mineira, a média de ocorrências foi de 639 por dia para cada grupo de 100 mil mulheres. Os números estão disponíveis para quem quiser consultá-los. Contudo, o desafio é criar programas e ações capazes de reverter essa cruel realidade.
Com o objetivo de transformar Belo Horizonte em uma cidade melhor para se viver e empreender para esse público, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva, se uniu com entidades públicas num movimento que culminou na implementação da Casa da Mulher Mineira. O intuito é priorizar o atendimento a essas mulheres vítimas de violência. Antes da abertura desse espaço, já estava em andamento uma parceria envolvendo instituições, como o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, a Secretaria de Desenvolvimento Social e as Policiais Civil e Militar.
A CDL/BH, juntamente com a Polícia Civil, está focada na busca do sucesso na administração da Casa da Mulher Mineira, especializada em casos de agressões. O espaço abriga 12 salas planejadas para garantir eficiência no atendimento, inclusive, facilitando as solicitações de medidas protetivas em caráter de urgência. Para que a vítima se sinta protegida, ela é acolhida por uma equipe multidisciplinar formada por policiais, psicólogos e assistentes sociais.
O envolvimento de entidades privadas como a CDL/BH em projetos desta concepção corrobora com a tese, cuja finalidade é expor esse tipo de violência e dar suporte ao sexo feminino, especialmente as que vivem em vulnerabilidade social, até porque, às vezes, o socorro precisa ser estendido também aos filhos.
O engajamento da sociedade também é fundamental, pois na filosofia do projeto está escrito: “somente em união conseguiremos romper está triste realidade de violência, transformar vidas e resgatar sonhos”. O chamamento visa reunir forças e criar aderência de lideranças empresariais e públicas em torno de uma questão capaz de tornar a vida dessas mulheres mais leves.