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Animais no Mercado Central

Avaliado como um dos mais importantes do gênero no mundo, o Mercado Central de Belo Horizonte também é, concomitantemente, um centro de preservação das tradições culturais de Minas Gerais, além de ser um local onde acontece o encontro de gerações de brasileiros e até de turistas estrangeiros, especialmente aos fins de semana. Como nem tudo são flores, alguns percalços têm ocorrido por lá com certa frequência, quando se trata de espaço destinado a lojas que vendem animais.

Este tema polêmico, já em poder da Justiça para uma decisão final, volta e meia pauta o nome do Mercado Central na mídia, notadamente por conta de ações e críticas patrocinadas por ambientalistas, vereadores e parlamentares. São os denominados defensores dos animais. Eles, além de desfraldarem as suas respectivas bandeiras políticas, com certeza almejam a busca de protagonismo.

Esses políticos consideram que a direção do Mercado não deveria deixar este assunto ser postergado por tanto tempo, sob alegação no bojo de suas denúncias, não fazer sentido misturar no mesmo ambiente público os alimentos, com aves, coelhos, pássaros, entre outros animais pequenos. Embora os parlamentares e a própria população sejam conscientes de que essa espécie de aviário se insere no cotidiano daquele lugar.

A direção do espaço diz que todos os seres vivos expostos para comercialização têm acompanhamento de médico veterinário, além dos cuidados necessários para a acomodação das criaturas. No entanto, os opositores a essa situação lembram a recente propagação da gripe aviária, já registrada em alguns pontos do Brasil. Segundo esses denunciantes, as aves ali presentes podem se tornar um problema neste sentido.

Em verdade, nos últimos anos tem sido recorrente essa acusação patrocinada por pessoas e políticos incomodados com essa realidade. Para não macular a imagem de um dos principais roteiros turísticos da capital mineira, roga-se uma solução definitiva do tema. Toda vez que o assunto vem à tona, com certeza sempre fica uma interrogação na cabeça dos frequentadores: será mesmo que não há algo de errado por ali?