Home > Colunas > Quem sabe, sabe

Quem sabe, sabe

Na foto: Advogado Vicente Amorim e o deputado federal Júnio Amaral

CANAL ABERTO

Auxílio emergencial pago a mortos. Quando a gente pensa que já viu de tudo neste país, o Tribunal de Contas da União (TCU) identificou 17 mil mortos entre os beneficiários do auxílio emergencial. A ajuda está sendo paga a informais durante a pandemia do novo coronavírus. Os recursos pagos indevidamente chegam a R$ 11 milhões. Os estados onde mais falecidos receberam a ajuda foi São Paulo (2.674), seguido de Minas Gerais (1.761). Posteriormente vem o Ceará (1.512), Bahia (1.358), Pernambuco (1.308) e Maranhão (1.299). Os seis estados concentraram 58% (R$ 6,4 milhões) dos pagamentos a mortos. O que todos querem saber é como isso ainda acontece, já que as tecnologias avançadas permitem que as empresas e instituições façam o rastreamento de todos os tipos de fraudes ainda que demore. O TCU vai recomendar que esses valores sejam devolvidos ao erário por meio de uma ação conjunta entre Ministério da Economia e da Cidadania.

TVs públicas têm alto custo e ibope baixo. As emissoras públicas são um exemplo do desperdício de dinheiro público. Prova disso é a TV Justiça que, no mês de maio, conseguiu a façanha de dar zero ponto de audiência, ou seja, ninguém sintonizou o canal, segundo dados mensurados pela Kantar Ibope Media. As outras TVs legislativas (TV Câmara e TV Senado) também não estão condições melhores em termos de público. Uma boa medida seria unir as três numa só infraestrutura. Isso acabaria com o corporativismo de funcionários que trabalham pouco e ganham muito se comparado com a categoria dos jornalistas, cinegrafistas ou produtores de emissoras comerciais. Vale ressaltar que a TV Justiça tem o seu valor social e educativo. É um canal que tem sua importância para julgamentos e mobilizações de causas nacionais. Na realidade, essas emissoras têm gastos milionários e são protegidas por interesses oportunistas.

CADÊ A ISENÇÃO, PREFEITO KALIL?

Em função da pandemia do coronavírus, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) decretou no início de março, o fechamento de hotéis, bares, restaurantes, lanchonetes, entre outros estabelecimentos, por tempo indeterminado. Na oportunidade, o segmento entregou ao prefeito um manifesto, solicitando a isenção da taxa de IPTU e do Alvará de Funcionamento porque todos ficaram sem faturamento para pagar os seus impostos. A única fonte de renda que restou é o serviço de delivery, mas as vendas são pequenas, girando em torno de 15% a 20%. No entanto, até hoje, o prefeito não atendeu a reivindicação do setor. Kalil deveria, pelo menos, acenar com um desconto de 20% a 30%. Em consequência desse cenário caótico, cerca de 15 mil trabalhadores estão desempregados na capital, 25 mil na região metropolitana e 80 mil no estado. É uma das mais graves crises que a economia mineira está enfrentando.

EU AVISEI AOS EMPRESÁRIOS DE BARES E RESTAURANTES

Cansei de avisar aos meus colegas empresários do setor de hotéis, bares, restaurantes, etc que não entrassem nesse tipo de negócio porque nunca foi tão simples como parecia, mas, na prática, é muito complicado e exige um amplo conhecimento do setor de bebidas e alimentos, além dos inúmeros impostos a pagar e do cumprimento das regras estabelecidas por órgãos municipais e federais. Disse, muitas vezes, que são atividades econômicas que possui um risco grande. Aqueles que me telefonam, ou em conversa pessoal, falo que, atualmente, os melhores ramos de negócios no Brasil são as redes de supermercados, postos de gasolina e cartórios. Muitos me agradecem e dizem que deveriam ter seguido meus conselhos.

MAIS 170 MIL BRASILEIROS NA POBREZA EXTREMA

O grupo de pessoas em pobreza extrema no país, que inclui os que vivem com menos de 1,9 dólar por dia, ganhou cerca de 170 mil novos integrantes em 2019 e encerrou o ano passado com 13,8 milhões de pessoas, o equivalente a 6,7% da população do país. Essa piora no grupo dos mais desassistidos ocorreu apesar de uma pequena melhora na renda média dos brasileiros e de uma ligeira redução da desigualdade no primeiro ano do governo Bolsonaro. Esse retrato do Brasil da COVID-19 foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Nacional de Amostras por Domicílio (PNAD). Para complicar a situação, o país foi atingido pelo novo coronavírus, agravando as questões sociais e econômicas. Economistas dizem que a queda será ainda maior na renda e um aumento na desigualdade do trabalho.