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Sucessão na Assembleia segue em ritmo de consenso

Nesta primeira quinzena de janeiro, o deputado do PDT Alencar da Silveira Júnior foi o único parlamentar a levantar a voz contra a marcha entabulada pelos seus pares rumo à eleição da Mesa Diretora da Assembleia. O pleito será realizado no dia 1º de fevereiro e, em seguida, os eleitos tomam posse.

Até agora ninguém consegue entender os motivos que levam Alencar a insistir em se manter em um cargo de direção na Casa. Sempre inquieto, o parlamentar teria ameaçado até se lançar candidato ao posto de presidente, de maneira avulsa, para tentar tumultuar o processo. Quando se trata da eleição para a presidência, o nome de consenso, desde dezembro, passou a ser o deputado Agostinho Patrus (PV).

Para quem conhece de perto o deputado pedetista, ele estaria apenas blefando para chamar atenção e continuar fazendo parte do grupo de proa do Poder Legislativo Mineiro. “Mas se ele for candidato independente, como chegou a ser propalado, deverá ter uns cinco votos”, é o que diz outro deputado com longa experiência.Vale ressaltar que as falas do ilustre político parecem não ter sido levadas a sério, inclusive dentro de sua própria Casa.

PT ou PMDB?
Se o pleito destinado à eleição do comando do Legislativo Estadual segue de maneira serena, com a opção declarada da maioria por Agostinho Patrus, a disputa relativa ao cargo de primeiro-secretário está em pauta. Pela tradição, ele seria destinado ao Partido dos Trabalhadores, com a maior bancada: 10 deputados. Ocorre que, para variar, os petistas estão em atrito por conta dos antigos parlamentares que fazem a opção pelo nome de André Quintão, enquanto existe outra ala especulando o nome de Virgílio Guimarães, que está de volta ao parlamento mineiro depois de mais de uma década.

Por conta deste bate-rebate, desde o mês passado, o MDB acertou essa questão com o nome de Tadeu Martins Leite. Tadeuzinho representa uma bancada de 7 colegas e, se não for primeiro-secretário, deverá ficar em um cargo de destaque dentro desta estrutura a ser montada. Semana passada circularam informações, indicando que o emedebista será o titular da primeira-secretaria, mas como o pleito ainda acontecerá daqui a 15 dias, sempre pode haver alterações.

No que diz respeito ao PSDB, a situação é de plena calmaria. O deputado Antônio Carlos Arantes, já em seu quarto mandato, conseguiu unanimidade junto aos seus pares para ser o candidato tucano à primeira vice-presidência. Só para registrar: MDB e PSDB têm, igualmente, 7 deputados cada um.

Os demais cargos ao serem preenchidos são: 2º vice-presidente, 3º vice-presidente, além de segundo e terceiro secretários, respectivamente.

Relativamente ao pleito em debate, pela primeira vez, está ocorrendo um fato inédito: o presidente que está deixando o poder, o parlamentar Adalclever Lopes (MDB) é o fiador de todos os entendimentos visando uma chapa de consenso para o pleito. Ele recebeu essa incumbência no final do ano passado e manteve contato estreito com o governador Romeu Zema e o vice-governador Paulo Brant, ambos do partido Novo. Lopes promoveu reuniões, fez e desfez acordos, jogou duro para resolver a questão em torno de um único nome, sem disputa acirrada, como era de se esperar em tais circunstâncias, quando o governo de Minas passou a ser administrado por um grupo político completamente novo.

Segundo informações de bastidores, o atual presidente da Assembleia já estaria avançando, inclusive, sobre a futura administração da Casa: quem permanece e quem deixa os principais cargos, como diretoria-geral, comunicação, além de outras diretorias e postos.