Para quem acreditava na candidatura do deputado federal Rodrigo Pacheco (MDB) ao Governo de Minas, deve aumentar as apostas, pois ele afirma que pode concorrer ao cargo nestas eleições. “Estamos trabalhando pela convergência, não só no meio político, mas também em segmentos da sociedade civil em torno de um projeto que seja pautado no planejamento, responsabilidade fiscal e crescimento econômico do Estado. Dessa forma, estamos alinhando todas as forças para consolidar uma candidatura em um momento oportuno”.
Ainda não se sabe qual partido irá apoiá-lo nessa empreitada e, segundo o parlamentar, há um trabalho para que a candidatura seja pelo MDB. “Espero que se faça a vontade da base da legenda e da militância, que querem uma candidatura própria”.
Contudo, Pacheco conta ainda que recebeu o convite do DEM para se filiar e concorrer ao Palácio da Liberdade. “Foi um convite que me honrou muito e está sendo considerado. Em um momento adequado iremos decidir. Mas de qualquer forma, independentemente de filiação partidária, nós temos que alinhar um grupo em torno de objetivos comuns: resgatar os valores de Minas Gerais, equilibrar as contas e fornecer mais bem-estar a população mineira”.
Campanhas em curso
Os prováveis candidatos ao cargo de governador do Estado, desde o ano passado, já caminham pelas estradas mineiras em busca de apoio e visibilidade. Perguntado sobre como seria a sua jornada, Pacheco salienta que tem responsabilidades como deputado federal, mas garante que a ideia é convergir seu compromisso parlamentar com esse trabalho de pré-candidatura. “Também sou presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania na Câmara e, agora, teremos uma comissão especial sobre o fim do foro privilegiado na qual irei me dedicar bastante. Além disso, há também a da reforma do Código do Processo Penal. Mas, no momento que for possível, visitarei todas as lideranças políticas a fim de apresentar esse projeto para Minas Gerais”.
Ele comenta ainda que tem a intenção de rodar todo o Estado para ouvir as pessoas. “O objetivo é fazer um plano de governo consistente, pautado nos números e diagnósticos, mas também na percepção de cada um dos mineiros”.
Por fim, o deputado salienta que estamos em um ano propício para mudanças. Ele avalia que o cenário político está em meio a uma crise ética e institucional. “O melhor e mais eficaz instrumento que temos, por ocasião das eleições, é o voto e, devido a isso, devemos optar por candidatos que mereçam a nossa confiança. É preciso pesquisar e analisar as propostas com atenção. Para mudar a política, esse é um passo muito importante, afinal é por meio dele que a democracia se consolida”, finaliza.
Rumores?
Existem rumores de que há uma possível formação de uma frente de oposição a recandidatura de Pimentel (PT). Pacheco esclarece que esse tipo de especulação é natural. “Existem algumas pessoas que estão em oposição ao governo do Estado, porque entendem que ele não está cumprindo com os seus compromissos básicos. Dessa forma, acreditam que não há condições de perpetuação do mandato. É possível que se forme uma frente para que possa prevalecer a ideia de que a política a ser feita em Minas não é essa empreendida pelo governo atual. Mas se haverá ou não, isso será aberto a discussão em um momento mais adequado”.