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Inca estima 220 mil casos de câncer de pele por ano até 2025

Foto: Freepik.com

A exposição prolongada ao sol, sem os cuidados adequados, pode aumentar o risco de câncer de pele, uma das formas mais comuns da doença no Brasil e no mundo. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que haverá cerca de 220 mil casos por ano no triênio 2023-2025. O Dezembro Laranja é o mês conhecido pela conscientização e alerta para a prevenção da doença, além de marcar o início do verão.

O câncer de pele é causado principalmente pela exposição excessiva à radiação ultravioleta (UV) do sol. A radiação UV pode danificar as células da pele, alterando o material genético e promovendo o crescimento descontrolado de células, o que leva ao desenvolvimento de tumores.

De acordo com a dermatologista Viviane Mendes, os sintomas do câncer de pele podem variar dependendo do tipo e estágio da doença. “Os tipos mais comuns são o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma. O diagnóstico precoce é essencial para o sucesso do tratamento, por isso, é importante estar atento a mudanças na pele, como alteração de manchas e pintas que crescem, mudam de forma, cor ou tamanho, ou que sangram, coçam ou ficam doloridos, aparição de novas manchas ou nódulos que podem ter uma aparência irregular ou uma crosta e feridas que não cicatrizam”.

O diagnóstico começa com a avaliação clínica feita por um dermatologista. “Durante a consulta, o médico realizará um exame detalhado da pele e pode usar dermatoscopia, um aparelho que permite visualizar melhor a estrutura das lesões cutâneas. Em casos suspeitos, uma biópsia pode ser indicada, onde uma pequena amostra do tecido é retirada para análise laboratorial. É importante que as pessoas com histórico de câncer de pele na família ou com alto risco, como quem tem pele clara ou muitas pintas, façam exames periódicos de check-up com dermatologistas”, diz a médica.

Ela explica que a remoção do tumor por meio de uma excisão cirúrgica é o tratamento mais comum, especialmente nos casos de carcinoma basocelular e espinocelular. “A excisão simples é a remoção do tumor e de uma margem de pele saudável ao redor e a Cirurgia de Mohs é uma técnica usada principalmente para cânceres de pele em áreas delicadas (como o rosto), que envolve a remoção do câncer em camadas finas, verificando cada camada sob um microscópio até que o câncer seja completamente removido”.

“Além disso, existem a radioterapia, utilizada para tumores que não podem ser removidos cirurgicamente, ou quando o câncer se espalha para outros órgãos, também temos a terapia com medicamentos, para melanomas, tratamentos como a imunoterapia e a terapia-alvo, que têm mostrado bons resultados, estimulando o sistema imunológico ou bloqueando moléculas responsáveis pelo crescimento das células tumorais e a crioterapia, sendo a aplicação de frio extremo para destruir as células cancerígenas, sendo usada em casos iniciais de carcinoma basocelular”, acrescenta.

Viviane ressalta a importância dos cuidados de prevenção. “Aplicar protetor solar de amplo espectro (UVA e UVB) com FPS (fator de proteção solar) 30 ou superior, 30 minutos antes da exposição solar. Reaplicar a cada 2 horas, especialmente se suar ou nadar, evitar a exposição solar nas horas de pico: O sol é mais forte entre 10h e 16h, portanto, evite se expor nesse período, vestir roupas de proteção como chapéus, óculos de sol e roupas com proteção UV pode ajudar a bloquear os raios solares, ficar sempre atento a mudanças e aparições de manchas estranhas na pele e consultar um dermatologista periodicamente para monitorar quaisquer alterações na pele”.