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Sucessão em Belo Horizonte mistura política com religião

Nikolas Ferreira é o líder dos evangélicos em BH e Aécio Neves que influenciar no pleito na capital / Fotos: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados e Marcos Oliveira

Ninguém com experiência política levou a sério a pesquisa de intenção de voto divulgada no início da semana passada. A sondagem indicou que o senador Carlos Viana tem até 32% da preferência do eleitor na disputa à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) neste ano.

Ainda filiado ao Podemos, existe um movimento intenso de lideranças políticas com presença junto à Igreja Universal, no sentido da filiação do parlamentar ao Republicanos a qualquer momento, segundo informações de bastidores.

Para especialistas no assunto, apostar no nome do senador Viana pode reunir muitos evangélicos em torno de um projeto desta natureza, mais precisamente em uma eventual disputa ao comando do município este ano.

No entanto, quando a mistura de política com religião é discutida, outra observação chama atenção. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL), pré-candidato à PBH, também possui força junto à comunidade evangélica de Belo Horizonte. Isso tem tirado o sono do prefeito Fuad Noman (PSD) e de toda a sua assessoria.

João Leite, Aécio e Fuad

O grupo liderado pelo deputado federal Aécio Neves (PSDB) já faz pressão para que o ex-deputado João Leite seja o nome da sigla tucana para companheiro de chapa de Fuad Noman. E o viés religioso surge novamente. Leite é evangélico, mas não exerce qualquer liderança neste segmento, segundo análise de pessoas próximas. Seus seguidores não chegam nem perto do prestígio do deputado Nikolas Ferreira.

Mas se não tem voto, nem apoio de seitas religiosas, como o nome do ex-deputado estadual está sendo bancado por Aécio com tanta insistência. Neves sempre teve e ainda possui muita força junto ao prefeito, inclusive, existe uma dívida de gratidão, por conta do fato de quando o atual chefe do Executivo municipal se tornou secretário de Estado em suas administrações tucanas. Sobre esse comentário, uma pessoa próxima ao ex-prefeito Alexandre Kalil atalhou: “o passado não ganha política. Se querem vencer a eleição, terão de trabalhar melhor a imagem do prefeito e caminhar para alianças políticas partidárias”.

Nos corredores da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) há uma versão diferente para o futuro de João Leite. Caso ele não tenha sucesso na empreitada de se tornar candidato em parceria com Fuad, poderá até mesmo aceitar a tese de buscar ser vereador de Belo Horizonte.

Os tucanos mineiros irão continuar apostando no nome de seu ilustre filiado em campanha eleitoral como candidato este ano. Isso teria motivações diferentes, até mesmo relacionadas a problemas não resolvidos quando da última campanha dele, e que estariam recaindo compromissos em cima do PSDB da capital mineira e do estado, onde o presidente é o deputado federal Paulo Abi-Ackel.