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Sucessão é o tema preferido nas grandes cidades de Minas Gerais

Medioli tem chances de eleger o sucessor / Foto: Guilherme Bergamini

 

Tendo como base informações de Brasília, o Palácio do Planalto vai atuar firme para turbinar a candidatura do atual prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), à reeleição, apostando na formação de uma aliança envolvendo diversas siglas, especialmente os partidos de esquerda. Isso porque os bolsonaristas pretendem indicar o deputado federal Nikolas Ferreira (PL) para enfrentar o atual chefe do Executivo da capital. Neste sentido, o PT de BH deverá ser pressionado a fazer parte dessa empreitada ainda no primeiro turno.

Mas, os problemas do PT se multiplicam por diversas cidades de grande porte do Estado, como é o caso de Montes Claros. Por lá, o deputado federal Paulo Guedes tem propalado a sua candidatura à prefeitura no pleito deste ano. No entanto, a sua colega de partido, a parlamentar estadual Leninha Alves, é infinitamente mais popular do que Guedes perante os cidadãos.

Quem entende da política montes-clarense aponta para um roteiro inverso. Salientam sobre um possível crescimento popular do apresentador e jornalista Délio Pinheiro. Ele deverá assumir o cargo de deputado federal, durante seis meses, em substituição ao deputado e presidente do PDT, Mário Heringer. A finalidade dessa jogada é exatamente fortalecer o comunicador em sua pretensão de se tornar prefeito.

Com isso, a pré-candidatura de Guilherme Guimarães, atual vice-prefeito, entra em observação, pois o sucesso de sua incursão no pleito estaria atrelado a um apoio mais firme do prefeito Humberto Souto (Cidadania). Porém, até o momento, não há uma atuação clara de Souto em relação ao seu suposto afilhado político.

 

Uberlândia e Betim

Se já domina Juiz de Fora e Contagem, o PT briga por espaço em outras cidades importantes. Se o pleito fosse hoje, dificilmente os petistas teriam sucesso em Uberlândia, que tem o segundo maior colégio eleitoral. O mesmo acontece em relação a Betim, onde também há segundo turno. Nestas duas cidades, as lideranças dos prefeitos Odelmo Leão (PP), e Vittorio Medioli, respectivamente, são incontestáveis e eles reúnem todas as chances de contribuir para eleição de seus sucessores.

Também em Ipatinga, o embate caminha para acontecer com um forte viés ideológico. O atual prefeito, Ricardo Nunes (PL), que inclusive participou da passeata dos bolsonaristas em São Paulo, está pronto para brigar com o grupo petista local, ávidos pelo retorno ao comando do município depois de 22 anos. Pelo roteiro estabelecido, seria o grupo conservador do prefeito, contra a “esquerda festiva”, como ironizam alguns partidários de Nunes.