Home > Esporte > Críquete faz Poços de Caldas ser referência da modalidade no Brasil

Críquete faz Poços de Caldas ser referência da modalidade no Brasil

Foto: Cricket Brasil

O críquete fará a sua estreia nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 2028. Aqui no Brasil, o esporte está sendo desenvolvido principalmente em Poços de Caldas, onde está sediada a Confederação Brasileira de Críquete (CBC). Na cidade, ocorrem programas de desenvolvimento de atletas para a modalidade.

A capitã da Seleção Brasileira da modalidade, Roberta Moretti Avery, conta que as ações para formação de jogadores e treinadores acontecem na região há mais de 15 anos. “Nós começamos com um projeto para brasileiros com a participação de uma escola e somente 26 alunos. Nós finalizamos o ano passado com 7 mil alunos jogando mensalmente e mais de 45 mil pessoas que tiveram contato com o esporte”.

“Existem muitos adeptos ao críquete e poucos professores, porque é um esporte ainda novo. Dentro das escolas que fazem parte do projeto, são escolhidos adolescentes, que têm poder de liderança e boa intenção, para fazer parte do projeto universitário. O Cricket Brasil subsidia a universidade para que eles se tornem professores do projeto. Temos 17 jogadores dentro do plano universitário e já formamos 10 alunos que são hoje professores de críquete”, completa.

Segundo Roberta, a participação entre homens e mulheres nos projetos de formação é bem dividida. “Em nível profissional, a situação se inverte e há uma presença maior das mulheres. São 14 jogadoras contratadas para a seleção, que recebem salário, possuem fisioterapeuta, nutricionista, trabalho técnico e mental, além de psicólogos”.

Formato de jogo

As partidas de críquete podem ser jogadas em três formatos. A test, que pode durar até cinco dias; o One Day International (ODI), em que um jogo pode chegar até sete horas de duração; e o T20, que é o mais praticado no Brasil e que deve ser o formato a ser disputado nos Jogos Olímpicos.

“Uma partida do T20 dura por volta de 2 horas e meia. São dois tempos de 1 hora e 15 minutos, onde são arremessadas cerca de 120 bolas e quem fizer a maior pontuação, vence. Estamos nas classificatórias da Copa do Mundo também nesse formato e acreditamos muito que esse vai ser o jogado também nas Olimpíadas. O tempo de jogo é mais curto e bem dinâmico”, esclarece Roberta.

Oportunidade de visibilidade

Ela finaliza dizendo que essa inclusão na competição mundial é uma oportunidade de que mais pessoas possam conhecer o críquete. “É o segundo esporte mais praticado do mundo e estava faltando incluí-lo nas Olimpíadas. Isso também abre uma oportunidade de a modalidade ser percebida pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) e também ter a chance de ter o Cricket Brasil representado nas Olimpíadas no futuro”, conclui.