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Consumo das famílias de BH é 17% maior que o ano passado

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A pesquisa Índice de Confiança do Consumidor (ICF), aplicada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) e analisada pelo Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio MG, apontou um crescimento de quase 17% em relação a janeiro de 2023. No entanto, houve redução de 0,5 ponto no indicador geral frente a dezembro do ano passado, chegando a 98,60% em janeiro. Entre os consumidores da capital mineira, a confiança segue no nível de insatisfação, porém, cada vez mais próxima dos 100 pontos.

A economista Marcela Andrade explica que a redução no consumo acontece por conta das despesas de janeiro. “A maioria das famílias possuem pendências financeiras no começo do ano, como por exemplo material escolar dos filhos, mensalidade de escola e faculdade, Imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA), Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), entre outras”.

Emprego

O índice de emprego atual assumiu na avaliação o valor de 123,4 pontos, resultado inferior ao observado no mês anterior e 5,6 pontos superior ao do ano passado (117,8). Para 37,8% das famílias, a sensação é de mais segurança no emprego, em relação ao mesmo período do ano passado. Já o índice de perspectiva profissional apurado foi de 128,4 pontos, resultado 7,3 pontos inferior ao obtido na última análise (135,8) e 43,2 pontos superior em relação ao ano passado (29,8).

Para 60,7% dos entrevistados, o responsável pelo domicílio terá alguma melhora profissional nos próximos seis meses, representando resultado inferior ao observado no mês anterior (64,7 pontos). A expectativa positiva é maior entre as famílias com renda superior a 10 salários mínimos (72,3%), enquanto que, entre as famílias com renda inferior a 10 salários mínimos, 58,9% acreditam que haverá melhora e 34,1% não acreditam que haverá.

Marcela afirma que o mercado de trabalho brasileiro deve continuar aquecido este ano, com expectativa de um crescimento de 2% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). “Em 2024, o salário mínimo foi reajustado para R$ 1.412, com ganho real de 3% acima da inflação. No entanto, é importante ressaltar que o salário pode variar de acordo com a região, o setor de atuação e a qualificação do profissional. Além disso, a inflação deve ficar em torno de 3,93% e impactar o poder de compra dos salários”.

O índice de nível de consumo assumiu, nesta avaliação, o valor de 86,4 pontos, resultado 4,3 pontos superior ao obtido na última análise (82,1) e 21,0 pontos acima do obtido no mesmo período do ano passado. 44,6% dos entrevistados afirmaram que a família está comprando menos, em comparação ao ano passado, enquanto 24,3% afirmaram comprar mais. Já o índice de perspectiva de consumo chegou ao valor de 102,1 pontos, apontando uma queda de 2,3 pontos em relação ao resultado obtido na última análise (102,1) e 20,2 pontos acima do observado no mesmo período de 2023. 29,0% dos entrevistados avaliam que, nos próximos meses, irão consumir mais do que no segundo semestre do ano passado.

Nesta sondagem, o índice de consumo de bens duráveis alcançou 55,6 pontos, resultado superior ao obtido na última análise (53,2). Para o mesmo período de 2023, o resultado foi 20,6 pontos maior. 70,8% dos entrevistados avaliam que, em termos gerais, atualmente é um mau momento para a compra de bens duráveis.

“O consumidor brasileiro vem demonstrando um notável aumento no otimismo, mas, apesar disso, muitos estão adotando estratégias para reduzir gastos em diferentes categorias de produtos, com destaque para vestuário, eletroeletrônicos e artigos para casa. No momento, 2024 se mostra promissor, porém, o início do ano não é o momento certo de fazer grandes despesas”, finaliza a economista.