Pesquisa realizada pela Opinion Box a pedido do portal Aposta Legal Brasil mostra quais são as competições esportivas que mais atraem os brasileiros. Paixão nacional, o futebol, é apontado como preferido pela maioria dos entrevistados (89%). Vôlei (38%), Fórmula 1 (36%), basquete (32%) e tênis (31%) aparecem na sequência. O estudo também aponta os principais campeonatos acompanhados frequentemente. Brasileirão (83%), Copa do Brasil (77%) e Copa do Mundo (74%) foram os mais lembrados.
Enquanto os campeonatos nacionais são os mais acompanhados pelos brasileiros, os atletas preferidos são de outra nacionalidade. Os torcedores revelaram na pesquisa que seus ídolos no futebol são Lionel Messi (57%), Cristiano Ronaldo (56%) e Neymar (53%). Ainda com destaque, aparecem também Vinicius Junior (41%) e Marta Silva (37%). Outro dado interessante é que ex-atletas, como Pelé e Ronaldinho Gaúcho, continuam conquistando a torcida e foram citados como ídolos.
A psicóloga Laura Soares diz que datas como Copa do Mundo ou finais de campeonato têm características especiais. “Costumam nos fazer relembrar momentos e pessoas importantes, como um parente que gostava de acompanhar os jogos, um amigo que decorava a casa para torcer, reuniões em família, entre outras situações que podem despertar o desejo de comemorar em grupo com quem temos afinidades”.
Ela observa que a paixão pelo futebol, esporte considerado número um no país, tem relação com a sensação de pertencimento a um grupo. “Por ser uma modalidade coletiva e possuir muita influência em nossa cultura, acaba despertando paixões entre as pessoas, unindo diferentes tribos e reforçando os laços sociais e emocionais entre os indivíduos”.
Entre os torcedores, 6 em cada 10 afirmaram que os atletas que acompanham tiveram impacto para começar a assistir campeonatos internacionais. No entanto, 60% também disseram que não deixariam de torcer para um time caso o atleta que ele acompanha mudasse de time. Os torcedores acompanham seus atletas preferidos pelo Instagram (60%), YouTube (52%) e TV aberta (49%).
Dentre os entrevistados, 35% têm o costume de acompanhar campeonatos esportivos internacionais, sendo que 36% assistem somente partidas de outros países. Outra informação relevante trazida pela pesquisa revela que o alto nível competitivo faz com que os jogos sejam mais atraentes aos torcedores do Brasil. A qualidade foi o atributo mais relevante relacionado às competições internacionais, citado por 76% dos participantes da pesquisa. Em seguida, estão competitividade (73%) e alta performance (68%).
A TV fechada é o principal meio utilizado para acompanhar as partidas, sendo citada por 70%. Em seguida estão YouTube (59%) e a TV aberta (55%). Quando comparados, os campeonatos nacionais e internacionais, os brasileiros que acompanham ambos avaliam que os internacionais possuem uma qualidade maior na sua estrutura de campeonato (61%), contam com melhor performance de atletas (54%) e melhores patrocínios (50%).
Sobre qual time internacional torcem, os entrevistados responderam Real Madrid (56%), Barcelona (48%) e Manchester City (32%). Entre os que acompanham competições internacionais, 6 em cada 10 têm o costume de assistir pelo menos uma vez por semana. E 50% fazem isso para acompanhar os atletas brasileiros no campeonato.
O educador físico Leonardo Pereira diz que o distanciamento da população com a Seleção Brasileira é reflexo do descaso e das decisões equivocadas da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) “A realização de partidas no exterior, a ausência de ídolos dos times brasileiros e os maus resultados são alguns dos muitos fatores que acarretaram em um desprezo por parte dos brasileiros”.
Ele reforça que o acesso a campeonatos e clubes estrangeiros cria novas afinidades nas gerações mais novas. “A globalização do futebol, as transmissões de TV das principais competições europeias e o interesse cada vez maior pelo futebol internacional, fez crescer o grau de exigência do público, especialmente os mais jovens. Além disso, a migração de craques brasileiros para times europeus também influencia a falta de identificação”.
