Entre estes, estamos nós os brasileiros e os mineiros mais ainda. Um país tropical tem mais florestas, mais rios, mais claridade e assim podemos nos orgulhar de sempre ter usado a energia renovável em larga escala. As usinas hidroelétricas estão espalhadas pelo território mineiro há muito tempo, desde as muito pequenas que existiam nas propriedades rurais, passando pelas dedicadas que viabilizaram as tecelagens, até chegarmos às grandes represas iniciadas ainda no governo JK, que teve em Minas o slogan “Energia e Progresso”.
A Cemig foi pioneira com “Itutinga” e tive a oportunidade de inaugurar como governador as usinas de “Miranda” e “Igarapava”, além de viabilizar “Queimados” e “Irapé”. Fomos o primeiro estado a usar as Parcerias Público-Privadas (PPPs) na citada “Igarapava”. Em parceria, foram construídas “Funil”, “Aimorés”, “Porto Estrela”, “Capim Branco I e II” e participamos da expansão de “Sá Carvalho”. As usinas de “Guilman Amorim” e “Sobragi” também tiveram o apoio do Estado através da Cemig.
Durante o regime militar, quando ocorreu o “Choque do Petróleo” nos anos 1970, Minas se destacou nas plantações de cana para produção do álcool etanol em dezenas de usinas que viabilizaram o “PróÁlcool” sob a inspiração do saudoso Aureliano Chaves. Vivemos agora a verdadeira explosão da energia solar e mais uma vez o sol nos beneficia.
Minas Gerais está na liderança e esta forma de energia renovável se espalhou rapidamente, atendendo desde os consumidores individuais, prédios, propriedades rurais e indústrias até chegarmos às “Fazendas Solares” que estão compensando a ausência de construção de novas usinas hidroelétricas. Para isto, o barateamento das placas solares fabricadas na China, o apoio do poder público, as linhas de financiamento bancário e a iniciativa privada têm sido fundamentais.
Os empregos gerados nesta atividade são em grande número e, consequentemente, também as receitas tributárias. Registre-se o trabalho de dois parlamentares mineiros, o deputado estadual Gil Pereira e o deputado federal Lafayette Andrada, entre tantos outros que souberam enxergar as novas tecnologias e oportunidades.
As autorizações de novas instalações e a expansão de linhas de transmissão têm sido obstáculos para mais investimentos e urge suplantar a burocracia. Chegando o verão a produção de energia será maior ainda e saudemos o Sol, nosso fornecedor de luz e energia. “Viva o Sol, o Sol da minha terra”.