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Alagro é lançada para práticas de sustentabilidade no agronegócio

Manoel Mário de Souza Barros é presidente da entidade / Foto: Arquivo pessoal

Criada com a proposta de produzir alimentos dentro de práticas sustentáveis no campo, a Academia Latino- -Americana do Agronegócio (Alagro) foi lançada no final de setembro. Ao todo, irá reunir mais de 20 países da América Latina. A sede da entidade será em Montevidéu, no Uruguai, e um escritório estará em Belo Horizonte, em homenagem ao seu fundador, o ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli, falecido em junho deste ano.

O presidente da Alagro, Manoel Mário de Souza Barros, explica algumas das pautas que serão defendidas pela entidade. “No primeiro momento é um olhar do mercado, ESG (práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização), descarbonização e a transição energética. O Brasil pode vir a ser uma potência verde de baixo carbono, tornando-se a primeira grande economia verde a completar essa transição energética. A mitigação das desigualdades sociais e a diminuição da insegurança alimentar na América Latina e capacitar profissionais e formar novos líderes para tocarem as fazendas, nas agroindústrias e no campo de todos os países, também estarão nas nossas pautas”.

Ele diz que a proposta de reforma tributária também será assunto a ser debatido pela Alagro. “Ela não pode ser desigual como está acontecendo. A proposta que temos é melhor do que o sistema atual, mas é uma pena que ela tenha sido capturada por grandes grupos de interesse. O ideal seria cada etapa da cadeia de produção pagar o imposto referente ao valor que adicionou ao produto ou serviço, que é o princípio do Imposto sobre Valor Agregado (IVA). À medida que vai criando regras diferentes para decisões de consumo, acaba levando a decisões e escolhas de investimento ineficientes”.

“A Alagro tenta mitigar essa questão junto ao Senado e a Câmara, no sentido de buscar um novo olhar e promover negociações. Não podemos deixar o agronegócio de fora, como está sendo colocado, porque o setor tem tributação reduzida. Trata-se de um tratamento privilegiado da reforma como também é turismo e aviação. Isso tudo precisa ter mecanismos melhores, mais transparentes para poder fazer uma reforma benéfica para todos”, completa.

Barros ressalta que o futuro do Brasil é agora e que é necessário um trabalho conjunto entre a entidade e o produtor rural. “Vamos entrar para fomentar conhecimentos avançados em nível acadêmico e técnico para levar essa importância do setor para o planeta, enfrentando os desafios do momento, como as mudanças climáticas. A Alagro vai emprestar todo seu talento e dedicação para fortalecer cada vez mais o Brasil”, conclui.