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BH tem mil áreas de risco

As autoridades municipais de cidades com probabilidade de enfrentar ocorrências relacionadas aos desastres naturais, consequentemente, problemas de desabamentos e outros desassossegos durante o período das chuvas, devem ficar em estado de alerta. A meteorologia está avisando sobre uma estação com grande quantidade de temporais, especialmente por conta da atuação do El Niño, fenômeno que causa o aquecimento das águas do Oceano Pacifico.

O alerta dos especialistas vale para Belo Horizonte, mas também para outras cidades, como Juiz de Fora, na Zona da Mata, e Ipatinga, no Vale do Aço, onde quase que repetidamente registram-se episódios que culminam com famílias desalojadas e até a morte de moradores devido às chuvas.

Especificamente na capital mineira, o prefeito Fuad Noman (PSD) tem propalado a realização de obras com a finalidade de conter as encostas em áreas geologicamente suscetíveis a incidentes nessas épocas de excesso de chuvas. Na cidade, segundo dados oficiais, existem cerca de mil edificações em áreas de risco, especialmente em vilas e favelas. Até porque, avizinha-se o prazo estipulado pelas autoridades do setor, com indicativos de que nesta segunda quinzena de outubro, haverá pluviosidades concentradas e ventos extremos pontuais suficientes para gerar enormes estragos.

Quem reside ou vier a transitar pela região metropolitana deve se preparar para essa onda que se aproxima, pois segundo os profissionais da área, com certeza haverá erosão, alagamentos, inundações e até mesmo a queda de barreiras à margem de rodovias e estradas. Não só na capital do estado, mas em todas as grandes cidades mineiras, especialmente nas localidades que sempre registram elevado índice pluviométrico. Mesmo que as chuvas venham de maneira esparsa, têm um potencial destruidor de elevada magnitude.

Os moradores de espaços mais propensos a serem atingidos pelo fenômeno não devem, em hipótese alguma, desconsiderar o alerta dos especialistas. É preciso prevenção para evitar danos ao patrimônio e à vida humana, razão maior do esforço das autoridades para impedir as tradicionais catástrofes nessa época do ano em muitas regiões do estado.