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Setor de serviços acumula alta de 4,7% em junho

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Dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostraram que o volume de serviços prestados no país registrou expansão de 0,2% em junho, sendo a segunda taxa positiva seguida. No primeiro semestre do ano, o setor acumula alta de 4,7%, e nos últimos 12 meses, de 6,2%. Na comparação com junho do ano passado, o crescimento foi de 4,1%. O setor de serviços opera 12,1% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, e 1,5% abaixo do ápice da série histórica do IBGE, atingido em dezembro do ano passado.

Dezesseis unidades da federação acompanharam o resultado positivo do país em junho na comparação com o mês anterior. Entre elas, os maiores impactos vieram de São Paulo (0,3%) e do Paraná (1,9%), seguidos por Distrito Federal (2,9%) e Minas Gerais (0,9%). Já a principal contribuição negativa veio do Rio de Janeiro (-2,4%).

A variação positiva dos serviços na passagem de maio para junho de 2023 foi acompanhada por três das cinco atividades de divulgação, com ênfase para os serviços profissionais, administrativos e complementares (0,8%), que recuperou parte da queda (-1,2%) verificada no período entre abril e maio. “Entre os destaques estão as empresas de atividades jurídicas, as de administração de cartões de desconto e de programas de fidelidade e as de engenharia”, diz o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

Os demais avanços do mês vieram dos serviços prestados às famílias (1,9%), com ganho de 4,1% no período abril até junho. “O segundo maior impacto sobre o índice geral veio dessa atividade, que foi impulsionada pelo crescimento da receita de empresas de restaurantes e de espetáculos teatrais e musicais”, destaca Lobo.

E o serviço de informação e comunicação (0,5%) com ganho acumulado de 1,3%. Esse resultado está relacionado ao bom desempenho das empresas de portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca na internet e de desenvolvimento e licenciamento de softwares.

No caso dos transportes, houve queda de 0,3% após aumento de 2,2% em maio. Puxaram a variação para baixo os segmentos de gestão de portos e terminais, transporte aéreo de passageiros, transporte rodoviário coletivo de passageiros e transporte por navegação interior de carga. A pesquisa também revelou que o índice de atividades turísticas variou -0,4% de maio para junho, mas havia acumulado ganho de 4,3% no primeiro semestre. Segundo o IBGE, o volume de serviços no turismo se mantém 4,9% acima do patamar pré-pandemia e se encontra 2,6% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

Na comparação de junho de 2023 com o mesmo mês do ano passado, quatro das cinco atividades se expandiram, com destaque para o setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4,7%), que exerceu a principal contribuição positiva sobre o resultado geral. Para o economista Roberto Tavares, “a principal contribuição positiva sobre o volume de serviços, impulsionado, em grande medida, pelo aumento de receita nos ramos rodoviário de cargas, transporte aéreo de passageiros, armazenamento, transporte por navegação interior de carga e navegação de apoio marítimo e portuário”.

As outras atividades que avançaram nessa comparação foram informação e comunicação (5,6%), profissionais, administrativos e complementares (3,5%) e serviços prestados às famílias (5,8%).

O setor de outros serviços (-1,4%) foi o único com queda frente a junho do ano passado. Tavares afirma que a retração foi pressionada pela “menor receita vinda de serviços financeiros auxiliares, administração de fundos por contrato ou comissão, manutenção e reparação de veículos automotores, e corretores e agentes de seguros, de previdência complementar e de saúde”.

De janeiro a junho deste ano, quatro das cinco atividades pesquisadas cresceram. A maior contribuição para esse resultado veio do setor de transporte, serviços auxiliares aos transportes e correio (5,6%). Também avançaram as seguintes atividades: informação e comunicação (5,3%), serviços profissionais, administrativos e complementares (4,4%) e serviços prestados às famílias (5,8%). Já o segmento de outros serviços ficou estável (0,0%) no primeiro semestre.