Feminilidade, flexibilidade e força. Essas três palavras são algumas das muitas que podem ser usadas para definir o stiletto, modalidade de dança sobre saltos que se popularizou cada vez mais por aqui. A atividade caiu nas graças do público que se inspira em divas da música internacional, como Beyoncé. O ritmo surgiu da necessidade de os bailarinos aprenderem a se equilibrar em cima dos saltos altos para reproduzir coreografias para clipes, shows e comerciais.
Segundo a professora de dança, Aline Queiroz, o stiletto visa trabalhar as linhas do corpo e técnicas, como equilíbrio, postura, confiança, maturidade e clareza dos movimentos. “Dentre outros benefícios, podemos citar a coordenação, concentração e fortalecimento do corpo. A gente mistura movimentos de pernas e braços, em pé e no chão, podendo usar também elementos de outras danças, sendo a feminilidade o principal conceito. Alongamento e força também são componentes necessários”.
Ela destaca que a modalidade proporciona flexibilidade para a coluna e fortalece os músculos das pernas, glúteos e abdômen. “A dança ainda ajuda a queimar cerca de 600 calorias por aula, além da elevação da autoestima, já que o estilo tem movimentos sensuais para que as pessoas se sintam confiantes”, explica a professora.
Aline ressalta que, além dos benefícios físicos, a melhora da autoestima e confiança é um dos principais objetivos entre as alunas. “Diante do próprio reflexo, é hora de fazer o carão. Nada forçado, apenas uma aula de autoconhecimento, para identificar as feições que lhe caem bem. O olhar, o sorriso, a maneira de levantar a sobrancelha são aprendidos com treino. É questão de se ver e entender quais os movimentos te deixam mais sensual”.
A professora ressalta que para os alunos iniciantes é preciso ter uma atenção especial. “Não é comum dançar com saltos, por isso, é preciso auxílio de um bom profissional para orientá-los. É recomendado que os novatos apostem em saltos baixos e confortáveis, de 8 a 10 cm. Todo cuidado é pouco quando se trata de atividades que utilizam acessórios especiais”.
Como é feito com saltos, os movimentos repetitivos podem lesionar joelhos ou coluna. “Manter uma rotina de treinos pode ajudar a criar uma resistência corporal maior. Ter a orientação profissional também é fundamental, bem como respeitar os limites do corpo de cada um para evitar lesões. Para quem possui algum problema de saúde, o recomendado é que se tenha uma liberação médica para dançar o stiletto ou fazer qualquer atividade de impacto”, ressalta Aline.
Rita Guimarães é gerente de loja e explica algumas vantagens depois que começou a fazer aulas de dança. “Me sinto mais disposta, ativa e melhor comigo mesma. É trabalhada a questão da feminilidade. Durante a atividade pareço outra pessoa e saio mais confiante, além dos progressos físicos que tive nos últimos meses, como perda de peso e tonificação dos músculos, principalmente os da perna”.