A Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB) e a Pró-Reitoria de Extensão (Proex) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) criaram um grupo de trabalho que será responsável pelo processo de criação do Mosaico Pampulha. Formado por gestores de diversas áreas protegidas, o recém-criado Núcleo de Gestão Integrada (NGI) conta com 14 áreas protegidas que vão compor o mosaico. O objetivo é promover ações integradas e compartilhadas de gestão visando maior efetividade na conservação da biodiversidade e dos valores histórico- -culturais e nos serviços ambientais oferecidos à população.
Atualmente, o grupo promove oficinas na Estação Ecológica da UFMG, que é uma das áreas que participa do Mosaico Pampulha. Em conjunto com a FPMZB realiza diagnósticos e o planejamento das ações que serão desenvolvidas nos próximos anos.
“A proposta é que o Mosaico Pampulha seja uma rede promissora e inédita no país. As áreas que o integrarão têm características diferentes, mas um enorme potencial de cooperação e integração, já que lidam com necessidades e dificuldades que lhes são comuns”, destaca a diretora da Estação Ecológica da UFMG, Maria Auxiliadora Drumond.
Além da Estação Ecológica da Universidade, o NGI tem a participação das seguintes unidades: Parque Ecológico do Bairro Universitário; Parque Ecológico do Brejinho (bairro São Francisco); Parque Ecológico Francisco Lins do Rego (Parque Ecológico da Pampulha); Parque Ecológico e de Lazer do Bairro Caiçara e Parque Elias Michel Farah (bairro Ouro Preto).
Outros parques também integram o grupo de trabalho: o Parque Fernando Sabino, também do bairro Ouro Preto, Parque Municipal Cássia Eller (bairro Paquetá), Parque Ursulina de Andrade Mello (bairro Castelo), Zoológico e Jardim Botânico, Lagoa do Nado, o Parque Municipal e o Enseada das Graças, que ficam no bairro Trevo e Parque Ecológico Vencesli Firmino da Silva (Alípio de Melo).
O presidente da FPMZB, Sérgio Augusto Domingues, explica que a criação do mosaico está de acordo com o Sistema Nacional de Conservação, que define no artigo 6º: “quando existir um conjunto de unidades de conservação de categorias diferentes ou não, próximas, justapostas ou sobrepostas, e outras áreas protegidas públicas ou privadas, constituindo um mosaico, a gestão do conjunto deverá ser feita de forma integrada e participativa”.
“Isso reforça a necessidade de uma visão sistêmica do território, considerando a conectividade, através de corredores ecológicos, e o fluxo tanto da fauna e da flora em uma perspectiva da bacia hidrográfica. Essa gestão integrada visa garantir mais efetividade no que diz respeito à conservação da biodiversidade”, ressalta o presidente da Fundação Zoobotânica.
O processo de criação do Mosaico Pampulha tem sido ainda objeto de pesquisas desenvolvidas por alunos da UFMG vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Conservação e Manejo da Fauna Silvestre.