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Cidades da RMBH criam medidas para o combate ao Aedes aegypti

Foto: Fábio Silva/PMC

Minas Gerais tem sofrido com uma alta de casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Em todo o ano passado, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG) confirmou 74.610 ocorrências de dengue e 66 óbitos pela patologia. Em apenas 4 meses de 2023, a SES contabiliza 109.172 registros e 59 mortes.

Em relação à chikungunya, a SES verificou 11.423 casos e uma morte em 2022. Até agora, 21.930 ocorrências e 14 óbitos. Já os registros de zika tiveram uma ligeira redução de 22 para 21 neste ano. Algumas cidades próximas a Belo Horizonte vêm adotando medidas para diminuir o número das confirmações.

Em Betim, que registrou até agora, 1863 casos confirmados de dengue e 155 de chikungunya, a Secretaria de Saúde disse que os Agentes de Combate a Endemias (ACEs), além de participar dos mutirões, continuam realizando visitas domiciliares de rotina para vistoriar os imóveis e orientar os moradores. O trabalho foi intensificado nos bairros com maiores índices de infestação identificados no Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa). Houve ainda o reforço no atendimento em suas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para casos sintomáticos das doenças e algumas estão abrindo aos sábados para atender pacientes, além de ações educativas nas escolas em conjunto com a Secretaria de Educação. No ano passado, o município teve 17 casos de chikungunya e 292 de dengue.

Em Belo Horizonte, a situação também é de alta nos casos. Até agora, foram 892 casos de chikungunya, 2.077 notificações de dengue e dois óbitos pela doença. A Secretaria de Saúde informou que, além das visitas dos agentes às residências, também estão sendo liberados em bairros da cidade mosquitos Aedes aegypti com Wolbachia, bactéria que reduz a capacidade do mosquito transmitir o vírus para as pessoas, diminuindo o risco de surtos de dengue, zika e chikungunya.

Outra ação continuada da Prefeitura é o monitoramento do Aedes aegypti, por meio de cerca de 1.800 armadilhas para colocação de ovos (ovitrampas), que são instaladas quinzenalmente e recolhidas após sete dias com cobertura em toda a cidade. Também há a avaliação mais detalhada da região com o uso de drones e as ações educativas, em parceria com a Secretaria de Educação, e a intensificação das inspeções por parte da fiscalização integrada e da vigilância sanitária. Em 2022, BH registrou 145 casos de chikungunya, além de 1.267 ocorrências de dengue e uma morte.

Contagem está em situação de emergência desde o dia 21 de março. A cidade registrou 477 casos de chikungunya, 576 de dengue e duas mortes nesse início de ano. A Secretaria de Saúde informou que, além das visitas dos agentes de combate a endemias, o atendimento aos pacientes foi reforçado e dois carros fumacês estão percorrendo toda a cidade. Assim como BH, as ovitrampas também estão sendo utilizadas.

Segundo a assessora de zoonoses do município, Geane Rodrigues Cruz, essas armadilhas servem para monitoramento. “Pela quantidade de ovos, ou ausência dos mesmos, é possível observar se há fêmeas do mosquito na região, propiciando a aplicação de medidas eficientes das ações de controle do Aedes”. No ano passado, o município registrou 25 notificações de chikungunya e 271 de dengue”, conclui.