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Reposição hormonal influencia a qualidade de vida da mulher

Tratamento é feito a partir do uso de medicamentos / Foto: Pexels.com

 

A terapia de reposição hormonal consiste em um tratamento que regula os níveis de hormônio no organismo. Ela pode ser muito eficaz para combater e aliviar alguns sintomas característicos de mudanças naturais que ocorrem no corpo humano com o passar dos anos, como a menopausa, que normalmente atinge o sexo feminino entre 45 e 55 anos. Para muitas mulheres, o assunto ainda é cercado de dúvidas, contradições e até preconceito.

Segundo a ginecologista endócrina Loreta Canivilo, a reposição hormonal traz alguns benefícios para a mulher. “Ajuda na diminuição do risco de fraturas ósseas, reduz a chance de desenvolver o mal de Alzheimer, melhora a qualidade do sono e evita a queda de cabelo”. Dentre outros benefícios estão a redução nas oscilações bruscas de humor, melhora dos sintomas da depressão, aumento da lubrificação vaginal e da disposição da mulher.

Loreta reforça que os efeitos serão perceptíveis cerca de duas a três semanas após o início do tratamento. “É necessária uma avaliação para entender as reais necessidades de cada paciente e só assim escolher de forma assertiva os hormônios que serão utilizados no procedimento”.

A reposição hormonal deve ser feita com um acompanhamento médico. O ginecologista Vinícius Carruego reforça que é preciso uma avaliação individual de cada paciente para entender se a terapia de reposição hormonal é indicada. “O primeiro passo para iniciar o tratamento é identificar quais as deficiências hormonais que ocorrem no organismo por meio de exames de sangue. A partir dos resultados, o médico poderá identificar qual o melhor método para que seja feito o controle dos hormônios”, explica.

Ainda segundo o médico, normalmente, o tratamento é feito a partir da ingestão de medicamentos contendo a progesterona ou com estrogênios, como estradiol, estrona ou mestranol. “Costuma durar entre 2 a 5 anos e possui algumas contraindicações. Não é recomendado para mulheres com câncer de mama e do endométrio e casos anteriores de infarto e acidente vascular cerebral, conhecido popularmente como AVC”, conclui.

 

Reduz risco de Alzheimer

A reposição hormonal pode reduzir as chances de a mulher desenvolver o mal de Alzheimer. Foi o que apontou uma pesquisa feita pela Universidade de East Anglia, da Inglaterra. O estudo foi realizado com 1.178 mulheres acima dos 50 anos de 10 países e que não tinham sintoma de demência. A partir de testes cognitivos e de exames, como a ressonância magnética e de volumes cerebrais, os pesquisadores descobriram que aquelas que passaram pelo tratamento apresentaram melhores resultados em relação à memória, função cognitiva e volume cerebral.