As contas de início do ano são uma preocupação para a maioria das pessoas. Em janeiro, chegam os boletos do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) e Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Há também o pagamento de matrícula e mensalidades de instituições particulares de ensino e o material escolar. Todas essas obrigações se somam aos gastos parcelados das festas de Natal e Réveillon. Para evitar o descontrole, o ideal é organizar as finanças para começar 2023 no azul e sem passar nenhum aperto.
IPTU
Os carnês do IPTU começam a ser entregues no início de 2023 e é cobrado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) aos proprietários de imóveis comercial ou residencial. Os contribuintes podem consultar os valores por meio do endereço prefeitura.pbh.gov.br, informando o número de inscrição do imóvel junto ao município. Também contam com o Aplicativo PBH, que oferece diversos serviços diretamente pelo smartphone ou tablet. Embutido no IPTU também estão a Taxa de Coleta de Resíduos Sólidos Urbanos (TCR) e a Contribuição para o Custeio dos Serviços de Iluminação Pública (CCIP).
IPVA
Entre dezembro e janeiro também começa a ser pago o IPVA. O valor do tributo é calculado de acordo com o tipo de veículo e a alíquota é definida sobre o valor venal do carro, conforme a Tabela Fipe. Os mineiros podem pagar esse imposto em cota única, recebendo dedução de 5% a 10%, ou parcelado em até 3 vezes, porém, nessa opção não é concedido desconto. A consulta do valor e a emissão da guia de arrecadação pode ser feita com o número do Renavam, por meio do site www.fazenda.mg.gov.br.
Gastos escolares
No final do ano, pais e responsáveis já começam a se preocupar com os gastos com matrícula, livros e material escolar. De acordo com a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE), o aumento no preço deste último item deve oscilar entre 15% e 30%. Para 2023, em Belo Horizonte, segundo dados do site Mercado Mineiro, também haverá reajuste nas mensalidades e rematrículas em escolas da rede particular. Em média, os valores tendem a ficar entre 7% e 12% mais caro no ensino fundamental. No nível médio, o acréscimo vai de 6% a 17%.
Como se preparar
De acordo com o economista Fábio Lacerda, a palavra de ordem é planejamento. “É comum a maioria das pessoas gastar mais do que pode neste final de ano e não ter uma reserva financeira. Fazem despesas com as festas de Natal e Réveillon. Até mesmo o 13º salário, que deveria ser usado para quitar contas em atraso ou deixar guardado para eventuais emergências, é usado para novas aquisições”, alerta.
Segundo Lacerda, o primeiro passo é fazer um detalhamento de todas as despesas. “Coloque tudo no papel, smartphone ou planilha eletrônica para saber o valor total de pagamento. Alguns tributos oferecem desconto na quitação à vista. Esta é a forma mais indicada, especialmente para quem se programou e reservou o dinheiro com antecedência. Mas tome cuidado e só faça se tiver tranquilidade financeira neste período”.
Para quem está no vermelho e desesperado, a dica é rever o orçamento familiar e enxugar as despesas. “Corte o que não for essencial como, por exemplo, serviços por assinatura. Também diminua a frequência de outras atividades de lazer. É necessário manter os gastos sob um rigoroso controle. Passe a poupar algum dinheiro e tenha em mente que os impostos de janeiro se repetem todos os anos”, conclui.