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Praticar esportes pode ser o melhor remédio no combate à doenças

Atividade física é essencial para melhoria da qualidade de vida e da saúde / Foto: Pixabay

Fazer uma atividade física regularmente é fundamental em qualquer idade e traz diversos benefícios ao corpo. Além disso, a prática também pode auxiliar na prevenção de diversas doenças causadas pela rotina estressante do dia a dia. Não importa o tipo de exercício, pode ser uma simples caminhada, dança, natação ou até mesmo corrida. O importante é a vantagem que ele traz.

Segundo o educador físico Maurício Oliveira, praticar algum esporte interfere radicalmente na melhora da saúde mental. “Algumas doenças, como transtorno de ansiedade, depressão e estresse podem ser combatidas. Dependendo do caso, também há uma redução na frequência de uso dos medicamentos”, explica.

Ele diz que isso acontece por causa do aumento na produção de serotonina. “É um neurotransmissor responsável pelo bom humor e sensação de bem-estar. Também tem outro elemento chamado endorfina, liberada durante e após fazer uma atividade física. Ela é responsável pela emoção e ajuda a relaxar. Com apenas 30 minutos diários de qualquer exercício, há mais produção dessas substâncias e melhoria de vida do praticante”.

Mas para que o esporte seja eficaz no combate a essas doenças, Oliveira chama atenção para a escolha da atividade. “É importante fazer um exercício que você se identifique, pois facilita o engajamento para praticá- -lo regularmente. Comece pelos mais simples como, por exemplo, uma caminhada. Chamar um amigo, parente ou vizinho também ajuda a se comprometer”.

O educador físico reconhece que quem possui algum tipo de transtorno tem certa resistência para iniciar uma atividade física. “O primeiro passo é sempre mais difícil, principalmente para quem sofre de depressão. Mas depois que começa não quer parar mais. O importante é deixar o sedentarismo de lado e fazer o corpo se movimentar”.

Mudança de vida

A estudante de medicina Camilla Cardoso já sofreu bastante com problemas de estresse e ansiedade. A rotina agitada de estudo fez com que ela precisasse repensar seu estilo de vida. “Todo final de período era a mesma coisa. Provas e trabalhos me deixavam com dor de cabeça, a mão transpirava e vinha aquela sensação de angústia horrível. Tinha dificuldade de me concentrar e dormir. Mas era só passar essa fase que tudo voltava ao normal”.

Há cerca de um ano, ela decidiu procurar ajuda e foi diagnosticada com transtorno de ansiedade. “Precisei tomar alguns medicamentos que me auxiliaram, mas eu não queria viver à base de remédios. A médica disse que fazer uma atividade física, talvez, poderia me deixar menos estressada e melhorar a ansiedade”.

Camilla resolveu entrar para as aulas de natação. “É um esporte que já fiz quando criança e gosto bastante. Tenho praticado a atividade três vezes na semana. As crises tiveram uma melhora considerável e, aos poucos, foram ficando mais leves. Hoje, aprendi a controlar minha ansiedade”, finaliza.