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Deputados não aceitam pressão externa para escolha do presidente da ALMG

Arquivo ALMG – Foto: Daniel Protzner

Como era de se esperar, na primeira semana, após a eleição dos parlamentares estaduais, as discussões relacionadas à disputa pela composição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) tiveram início, com destaque para o cobiçado cargo de presidente. Esse embate sempre acontece a cada 2 anos, porém, diante da reeleição do governador Romeu Zema (Novo), tudo promete ser ainda mais acirrado por lá. Afinal, ele amargou uma oposição ferrenha da Casa em seus 4 primeiros anos de mandato e, agora, estaria desenhando uma nova maneira de atuar entre os poderes.

Para além desse fato, muitos parlamentares, especialmente os mais experientes, já avisaram que não irão aceitar interferências do Executivo sobre o Legislativo em Minas Gerais, até porque todas as vezes que esse tipo de ingerência ocorre, “o tiro sai pela culatra”.

Tido como um parlamentar de posições independentes, sempre comprometido com temas relacionados à segurança pública, o Sargento Rodrigues (PL), disse: “O governador foi eleito pelo voto do povo, igual a todos nós aqui do Legislativo. Portanto, cada um no seu quadrado”.

Arantes e Arlen

A imprensa de Minas deu destaque para a intenção do deputado Antonio Carlos Arantes (PL) com vistas à sucessão para presidente do Legislativo mineiro. Sempre ligado a Zema, e sendo atual vice-presidente da Casa, tem um bom relacionamento com seus pares. Indagado sobre o assunto, o parlamentar disse: “Não posso ser candidato apenas por vontade própria. Isso vai depender de um grupo. Se meu nome agregar, topo a parada, mas tudo está sujeito a muito diálogo”. Ele já está em seu sexto mandato e obteve na eleição, da semana anterior, um montante de 119.686 votos.

Outro nome bom de voto, e que caminha para o sétimo mandato, é Arlen Santiago (Avante). Ao longo dos anos, foi filiado ao PTB, porém, no pleito recente, já se encontrava filiado a outro partido, obtendo 107.236 votos. Com mais de 30 anos de experiência de vida pública, inclusive com muitos cargos na Mesa Diretora da Casa, ele tem o seu nome lembrado para participar da escolha de presidente, cuja eleição vai acontecer em 1º fevereiro.

Outros parlamentares também têm sido lembrados, como o governista Roberto Andrade (Avante), Tadeu Luiz Martins (MDB) que, por sinal, é o atual primeiro secretário da ALMG, Gustavo Valadares (PMN) e João Bosco (Cidadania).

Imposição palaciana

Relativamente à sucessão na Casa do Povo, um assunto entrou em pauta no final da última semana. A pretensão do reeleito deputado José Guilherme (PP) de ser candidato à presidência. Muitos dos seus colegas, especialmente os mais experientes, entendem que isso pode ser analisado como uma espécie de pressão do Palácio Tiradentes.