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2,6 milhões de brasileiros são acometidos pela psoríase

Doença não tem cura e é caracterizada pelo aparecimento de lesões avermelhadas e descamativas na pele / Foto: Divulgação

A psoríase é uma doença inflamatória crônica e um de seus principais sintomas é o aparecimento de manchas avermelhadas e descamativas na pele. As lesões podem surgir em qualquer parte do corpo, sendo mais frequente nos cotovelos, joelhos e couro cabeludo. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a patologia atinge 2,6 milhões de pessoas no país. E, apesar do número, ela ainda é pouco conhecida e, muitas vezes, desperta preconceito da população.

O dermatologista Guilherme Neves explica que a doença vem da predisposição genética e não é contagiosa. “Existem fatores que pioram e precipitam seu surgimento, como infecção de garganta, fumo, obesidade, algumas medicações, excesso de álcool e estresse físico e emocional”.

Ainda segundo ele, a patologia não tem cura, mas há tratamentos modernos e eficientes. “São feitos à base de pomadas e medicamentos. Têm pacientes que conseguem ficar longos prazos sem o aparecimento das lesões”.

A psoríase pode se apresentar de várias formas, sendo o mais comum em placas ou vulgar. “Os sinais da doença são mais propensos a surgirem entre os 30 e 40 anos, mas não é uma regra. A psoríase gutata, por exemplo, aparece como pequenas gotas vermelhas e com escamas espalhadas em todo o corpo, normalmente depois de uma infecção bacteriana, comum em crianças e adolescentes”, afirma.

Vencendo o preconceito

A publicitária Ana Carolina convive com a doença há 7 anos. Ela conta que o primeiro sintoma foi uma pequena mancha vermelha no cotovelo. “Eu nem liguei no início, pois parecia uma alergia simples ou então uma picada de mosquito. O problema é que a mancha começou a ficar maior e a descamar. Pensei em inúmeras possibilidades, cheguei a parar de passar creme, troquei meu sabonete. Resolvi procurar um dermatologista e, para minha surpresa, ele disse que eu estava com psoríase. Eu nunca tinha ouvido falar nessa doença. Desde então, faço uso de medicamentos e de pomadas”.

Ela afirma que o pior de tudo é a coceira causada pela doença. “Eu convivo bem com a psoríase, tenho seguido o tratamento corretamente. O que mais me incomoda é o olhar das pessoas. Mesmo explicando que não pega, muitas têm nojo e não querem nem ficar perto. Elas ficam assustadas e nem procuram saber o que é antes. Ainda existe um certo preconceito”.

Tipos de psoríase