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Inca estima 177 mil casos de câncer de pele em 2022

Um dos principais fatores de risco da doença é a exposição ao sol | Foto: Divulgação

Os raios solares possuem maior incidência durante o verão. É justamente na estação mais quente do ano que muitas pessoas aproveitam o período das férias para frequentar a praia ou até mesmo a piscina dos clubes. A maioria busca ficar com a pele bronzeada, principalmente, com a proximidade do Carnaval. A exposição ao sol por um longo tempo pode trazer complicações graves e consequências para a pele como o câncer. Nesta época, um item indispensável e grande aliado para prevenção da doença é o protetor solar.

Segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), o Brasil deverá registrar 177 mil novos casos de câncer de pele em 2022, sendo o tipo não melanoma o mais incidente. A pesquisa tem como base as informações geradas pelos Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) e o Sistema de Informações Sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde.

A dermatologista Débora Gaburri explica que o câncer de pele mais comum é o carcinoma basocelular. “Ele aparece como uma ferida que não cicatriza e, muitas vezes, a pessoa pensa ser uma espinha que nunca melhora. Outro sintoma são as lesões avermelhadas com sangramento”. Espinocelular é o segundo tipo mais frequente e também pode se manifestar como uma ferida que não cicatriza.

O mais temido é o melanoma que pode levar a morte. “Ele se apresenta como lesões planas e pretas e tem maior risco de transformação para doença. Na maioria das vezes, a pessoa vem ao consultório devido às pintas salientes que, normalmente, não oferecem tanto perigo”.

Débora alerta que o câncer de pele pode acometer qualquer um, mas que é mais comum em pessoas com idade superior a 50 anos. “Ao perceber algum sintoma, é fundamental procurar um médico imediatamente e não usar medicamento por conta própria”.

Cuidados redobrados

Um dos principais fatores de risco da doença é a exposição ao sol. A dermatologista explica que a radiação do raio UVB penetra superficialmente na pele e causa queimaduras e vermelhidão. O mais prejudicial à saúde é o raio UVA, que penetra profundamente, causando envelhecimento precoce e câncer. “A exposição ao sol deve ser feita com maior cuidado possível, sendo que o melhor horário é antes das 10 da manhã e após as 16 horas. É preciso usar sempre o protetor solar”.

Débora ressalta que o protetor tem que ser aplicado meia hora antes da exposição solar e reaplicado a cada duas horas. “O Fator de Proteção Solar (FPS) mais adequado é acima de 30. As crianças só podem usar depois dos 6 meses e têm que ser os infantis, pois oferecem menos risco e possuem maior proteção física do que química. Uma pele mais oleosa deve utilizar um protetor em gel que seja menos pegajoso. Aqueles com pele seca podem usar um creme”.

A quantidade aplicada interfere na proteção contra os raios solares. O ideal é uma colher de chá para cada área do corpo. “Em média as pessoas passam uma camada fina, ou seja, apenas 50% do FPS que está no rótulo do produto para não ficar muito grosso ou com a pele melada. A recomendação é comprar um FPS mais alto para poder aplicar uma camada mais fina e não baixar muito a proteção”, explica a dermatologista.