Assim que a pandemia de COVID-19 abrandar, o assunto político vai voltar a aflorar em Minas e em Brasília. Na capital federal, o presidente Jair Bolsonaro está analisando qual seria a sua melhor opção de filiação partidária. Uma das primeiras preferências seria o Patriotas ou o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), esse último, comandado pelo ex-deputado Roberto Jefferson. Mas, segundo assessores próximos, recentemente o chefe da nação tem cogitado a possibilidade de caminhar em direção ao Partido da Mulher Brasileira (PMB).
Por enquanto, Bolsonaro está sem filiação, mas caso venha aceitar o convite para se juntar a essa nova sigla, o primeiro passo seria mudar o nome, alterar o estatuto e buscar filiados em todos os estados. “Isso seria melhor do que a criação de uma nova estrutura partidária”, dizem os bolsonaristas da capital federal.
Zema de vice?
Desde que o governador mineiro Romeu Zema (Novo) não quis assinar documentos criticando a postura do presidente da República em relação à COVID-19, logo começou o falatório de sua aproximação direta com o Palácio do Planalto. Representantes da crônica política de Brasília descrevem a desenvoltura de Zema pelos bastidores do governo federal, inclusive, mediante contatos cada mais frequentes com o próprio presidente. A partir dessa constatação, semana passada, surgiram comentários indicando que o chefe do Executivo mineiro seria o nome ideal para vice de Bolsonaro. Uma opção para desidratar o crescimento de uma possível candidatura do ex-presidente Lula (PT), em Minas, o segundo colégio eleitoral do país.
Zema tem o seu projeto de reeleição ao governo de Minas engatilhado, no entanto, a partir da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de habilitar o ex-presidente Lula politicamente, tudo mudou no cenário nacional, e os mineiros não ficarão de fora dessas costuras políticas. Assim, novas alianças serão implementadas, caso essa decisão da Justiça seja mantida. Se vai ou não participar dessa discussão é mera especulação. Não obstante, dificilmente Zema permanecerá em seu partido por causa do elevado grau de exigências e condicionantes, tipo, não pode buscar reeleição, fazer alianças, a não ser com partidos que não aceitam o dinheiro público e etc.
Mas não é apenas o nome de Zema que é apontado como alternativa para ser candidato a vice-presidente. O presidenciável Ciro Gomes (PDT) continua insistindo no convite para que o prefeito de BH, Alexandre Kalil (PSD) seja o seu vice. Ao menos por enquanto, o chefe do Executivo sequer discute o tema e continua alavancando a sua caminhada rumo ao Palácio Tiradentes.
As demais preferências entre os mineiros são o senador e presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), além do empresário Rubens Menin. Esse último cortejado por todos, inclusive pelos petistas, com quem sempre manteve bons laços desde á época do então presidente Lula. Mas, aos amigos, Menin tem dito que ele está focado em projetos visando o crescimento em suas atividades, já que, hoje, a sua empresa está atuando até mesmo no exterior.
Se no passado muitos perpetravam alusão ao empresário Josué Alencar, cujo pai, José Alencar foi vice de Lula, hoje ele não atende a esse tipo de projeto. Distanciou dos mineiros e segundo se comenta em Brasília, até o seu título de eleitor já teria sido transferido para São Paulo. Em síntese, de mineiro ele só tem a certidão de nascimento.