O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), teve o seu nome bem avaliado nacionalmente ficando à frente, inclusive, do presidente Jair Bolsonaro. Ele, segundo pesquisa realizada pela Atlas, com 3.073 entrevistados, é o político com menor rejeição em todo o país.
Nos bastidores da Assembleia, há informações indicando que o prefeito da capital pode deixar o PSD até o final deste ano, possivelmente se filiando ao PDT, atualmente comandado pelo ex-ministro Ciro Gomes, amigo de Kalil de longa data. O motivo dessa mudança de sigla estaria relacionado ao fato do chefe do Executivo de BH não concordar com a posição de bancada de deputados federais de seu atual partido, pois eles são aliados ao Palácio do Planalto.
Até o momento e de acordo com o que se propala, o projeto de Kalil é disputar a sucessão estadual. Para além desse fato, se ele efetivamente migrar de sigla partidária, o caminho no PSD ficaria livre para o senador Carlos Viana, interessado em conversar também sobre sucessão estadual. O parlamentar não tem ficado de braços cruzados e atua nos bastidores em frentes diferentes. Por exemplo, a aproximação do senador Rodrigo Pacheco (DEM) com Kalil também teve a sua interveniência. Em Brasília, tem feito gestão no sentido de que o senador, e seu colega de PSD, Antonio Anastasia, seja indicado como ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Só para registrar, o suplente de Anastasia no Senado é o ex-deputado Alexandre Silveira.
Outros nomes na lista de candidatos
Mesmo sem ambicionar, o governador Romeu Zema (Novo) não tem como deixar para depois o tema relacionado à sua própria sucessão. Enquanto ele fica enclausurado no ambiente do governo, outros nomes vão sendo projetados nesta peleja. Nesta fase, apenas Kalil é o mais badalado nesta lista, porém, amigos do chefe do Executivo reeleito de Betim Vittorio Medioli (PSD) revelam que ele, como empresário de sucesso e ex-deputado federal, tem todo o handicap para entrar neste embate. Para analistas políticos, o estilo Medioli lembra muito o ex-governador Magalhães Pinto, que mesmo tendo feito sucesso como empresário e banqueiro, nunca deixou de disputar cargos políticos. Foi governador, deputado federal, senador e presidente do Senado.
Carlos Viana, Kalil e Medioli são nomes mais conhecidos na região metropolitana da capital. Por conta desta realidade, há alguns analistas incrementando esse debate com o seguinte raciocínio: o Triângulo Mineiro, região produtiva e propulsora de grandes riquezas, é concomitantemente, o segundo colégio eleitoral de Minas Gerais.
Aduzindo mais informações neste sentido, surgem explanações relacionadas ao aproveitamento do nome do atual prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão (PP). O município é o segundo colégio eleitoral, tendo o seu atual chefe do Executivo um propalado perfil de um político vencedor, com inúmeros mandatos de parlamentar e, agora, revalidado no posto com mais de 70% dos votos. Tem ainda aquela velha história: desde Rondon Pacheco, a cidade nunca mais apresentou um governador. Politicamente, Odelmo é sondado por diversos grupos e segmentos. Uns o mencionam para participar da sucessão como candidato a governador, mas também é citado para o Senado, enquanto outros preferem o sondar para ser vice-governador. No entanto, seu grupo político prefere esperar, pois os acontecimentos deste ano de 2021 estão penas começando. Tudo é muito cedo, dizem por lá na capital do Triangulo Mineiro.