Na foto: O deputado Antonio Carlos Arantes (PSDB) e mais 29 prefeitos foram recebidos, na Cidade Administrativa, para uma reunião com o governador Romeu Zema (Novo). O secretário de Governo, Igor Eto, e o assessor especial Rodrigo Gomes também estiveram presentes. Na pauta, assuntos como a vacinação contra a COVID-19, o programa Minas Consciente, e as reivindicações para a retomada do desenvolvimento regional e a busca de soluções para problemas comuns junto à Cemig, Copasa e Gasoduto.
CANAL ABERTO
Kalil sanciona lei proibindo carroças na cidade. O prefeito de BH, Alexandre Kalil (PSD), sancionou a lei que proíbe o uso de carroças puxadas por animais na cidade. Com a publicação da Lei nº 11.285, os carroceiros precisarão trocar a tração animal “por meio de transporte de carga adaptado de uma motocicleta acoplada a uma caçamba de baixo custo e de simples manutenção até 22 de janeiro de 2031”. Após esse período, os profissionais que continuarem com o uso da tração animal estarão sujeitos a multa. Parte da população é a favor porque não concorda com a forma de tratamento dos animais que ficam nervosos por estarem amarrados sob o sol forte, às vezes, sem água e comida, além de prejudicar o trânsito de carros. Por outro lado, é óbvio que os carroceiros tiram o seu sustento trabalhando com as suas carroças. Essa lei ainda será motivo de muita discussão.
Tragédia em Brumadinho completa dois anos. No dia 25 de janeiro completou-se dois anos do rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), que matou 272 pessoas. Destas vítimas, 11 ainda estão desaparecidas. Como se não bastasse a tristeza dos familiares que perderam seus entes queridos, até hoje ninguém foi preso ou punido. Em 2020, o Ministério Público apresentou denúncia contra a Vale e a empresa alemã TÜV Süd por homicídio doloso duplamente qualificado e por diversos crimes ambientais. Além das empresas, 16 pessoas ligadas às duas empresas também viraram réus. Segundo os promotores, a Vale tinha conhecimento da situação crítica da barragem desde 2017 e não tomou nenhuma medida de segurança. Já a TÜV Süd teria cedido à pressão da mineradora e atestado a estabilidade da estrutura em troca de outros contratos. Que os responsáveis sejam punidos rigorosamente.
Violência contra jornalistas. O ano de 2020 foi o mais violento contra jornalistas brasileiros desde o início da década de 1990. A conclusão é do relatório Violência Contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil, publicado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). Com base no monitoramento de discursos, entrevistas e postagens em redes sociais, de janeiro a setembro de 2020, foram contabilizados 428 casos de ataques à liberdade de imprensa no país. E o principal agressor é o presidente Jair Bolsonaro, sendo responsável por 145 dos ataques que objetivam descredibilizar os veículos de comunicação e seus profissionais. Esses episódios cresceram em 2020 com a cobertura jornalística da pandemia do novo coronavírus. Numa democracia é inadmissível que jornalistas sejam impedidos de exercerem a sua profissão.
SETOR DE BEBIDAS FATURA BILHÕES
Sabemos que a pandemia da COVID-19 provocou profundas mudanças nos hábitos de compra dos consumidores. Porém, se existe um setor que não tem do que reclamar desde o início da crise sanitária é o de bebidas, especialmente nos casos da cerveja e do refrigerante. Em tempos de lockdown, isolamento e distanciamento social, as pessoas nunca deixaram de frequentar os locais de vendas desses produtos, como supermercados e distribuidoras. Só para se ter uma ideia, em 2020, a indústria cervejeira faturou cerca de R$80 bilhões, sendo que o Brasil é o terceiro maior fabricante mundial da bebida, ficando atrás somente da China e dos Estados Unidos. Não é à toa que a cervejinha gelada é considerada a paixão nacional e faz parte do dia a dia dos lares brasileiros, assim como os refrigerantes que também têm muitos fãs.
DENÚNCIAS NA VACINAÇÃO CONTRA A COVID-19
O Ministério da Saúde elaborou o Plano Nacional de Imunização e definiu como grupos prioritários os idosos e deficientes que residem em locais de longa permanência, profissionais da saúde e indígenas em aldeias. Os estados e municípios podem, dentro dessas categorias, se adaptarem à realidade local. Porém, mal começou a vacinação em todo o país e a população já está indignada com a falta de respeito em relação à fila de prioridade. Os casos de irregularidades surgem diariamente nos noticiários. De prefeitos a funcionários de órgãos públicos e instituições privadas sendo vacinados sem direito ao sumiço ou desvio de doses dentro de hospitais ou postos de saúde. Somente em Minas Gerais, foram quase 50 denúncias relacionadas à vacinação em apenas duas semanas. As pessoas que deveriam dar bons exemplos estão desrespeitando as normas de imunização estabelecidas. Em se tratando de Brasil, isso já era esperado e é uma grande vergonha.
NÃO EXISTE CRISE PARA OS SUPERMERCADOS
Na contramão da crise, outro ramo de negócio que não pode reclamar de faturamento durante a pandemia do coronavírus é o de supermercados. Primeiro, que eles nunca fecharam, já que fazem parte dos serviços essenciais, tais como farmácias, postos de gasolina e sacolões. Belo Horizonte deixou de ser a capital brasileira dos bares e virou a cidade dos supermercados e atacarejos. Além de estar lucrando muito, o segmento está aproveitando do momento de instabilidade e praticando uma alta generalizada nos preços dos produtos, o que tem gerado muitas reclamações por parte dos consumidores. Isso é lamentável, pois a população já está sofrendo tanto com a COVID-19 e tem que abrir mão de itens básicos de alimentação. A indústria alimentícia está aproveitando a pandemia para meter a mão no bolso dos brasileiros.
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