Nem só de notícias deprimentes, como a assoladora situação ocasionada pela COVID-19, vivem os nossos mineiros. Recentemente, foi veiculada a informação indicando que Minas Gerais faz parte da seleta lista de destinos considerados como os mais hospitaleiros do mundo. Para nosso orgulho, segundo revela pesquisa da Booking.com, uma plataforma on-line de viagens com presença em todos os continentes, somos, no Brasil, o único avaliado positivamente como um estado acolhedor dos turistas.
Este certame de inclusão acontece pela primeira vez na nossa história, já que estamos entre os 10 mais no ranking global. Os outros locais são: Taitung Country (Taiwan), Prešovský kraj (Eslováquia), Oberösterreich (Austria), Tasmânia (Austrália), Canterbury (Nova Zelândia), Nova Scotia (Canadá), Chubut (Argentina), O’Higgins (Chile), Iowa (Estados Unidos). Entre os citados estão também os países com o maior número de acomodações, como a Itália, Espanha, França, Alemanha, Croácia, Reino Unido, Rússia e Polônia.
Se no passado o ouro e os minerais nobres daqui fizeram sucesso em países desenvolvidos, especialmente no mercado europeu, hoje, temos um acervo cultural e de patrimônio histórico de causar inveja a qualquer cidadão do mundo. Além disso, nutrimos o nosso estilo peculiar de acolher, de tratar bem os visitantes, aduzindo a isso a nossa famosa culinária, mesmo que às vezes escondida pelas montanhas, mas perceptível aos olhos e ao paladar dos excursionistas de outras paragens, sempre à procura de um local aprazível para gozar de dias de lazer e descanso.
Ao tomar conhecimento dessa divulgação, o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, prometeu toda atenção ao tema. Ele propala sobre uma série de ações para garantir a reestruturação do setor turístico em Minas, com vistas a potencializar o mercado. Começaria por apostar em atrair mais viajantes, pois em sua avaliação, é hora de dar vazão ao turismo cultural de paisagem e aventura. O titular da secretaria rememora que Minas é o maior potencial desse segmento, pois tem aqui quatro patrimônios da humanidade, cozinha mineira exuberante, 432 museus, festivais, congado, artesanato internacional, além de concentrar 62% do patrimônio cultural tombado no país.
A partir dessa pesquisa mundial, Minas se torna presença do poder público visando alavancar o segmento como um todo, pois, como dizia o então jornalista Ênio Fonseca, em suas inúmeras publicações, o segmento de lazer é um dos que mais emprega aqui e no mundo inteiro, com a vantagem de ser uma indústria sem poluição e sem chaminés. É um setor de grande importância no desenvolvimento, por meio da contratação de mão de obra especializada, que vai desde os encarregados da limpeza, passando para o gerenciamento, pessoal de atendimento, enfim, um verdadeiro exército com o fito de proporcionar eficaz bem-estar aos hóspedes.
Ante esse fato concreto, roga-se ao governador mineiro Romeu Zema (Novo) o apoio estatal, tão essencial para impulsionar essa área da economia mineira, já que estamos precisando tanto de soerguer o desenvolvimento econômico do nosso estado. Aí está uma deixa para o poder público se tornar indutor do incremento produtivo, para que nos próximos anos possamos continuar pontuando e fazendo parte dessas imponentes listas dos 10 mais, no tangente aos pontos acolhedores do mundo. A rigor, diga-se de passagem, é um orgulho para quem vive nessa terra de Guimarães Rosa, o desbravador dos nossos rincões.
A sorte está lançada. Cabe às autoridades entrarem em cena para garantir a continuidade do trabalho, basicamente até agora desenvolvido pela iniciativa privada. O poder público é fundamental para gerar tentáculos, sobretudo, buscando recursos visando a melhoria e a conservação de nossas estradas, aumentando a segurança pública, enfim, ampliando a infraestrutura em geral, caminho certeiro para alavancar o sucesso de um legado dessa magnitude.