A eleição da Câmara de Vereadores de Belo Horizonte está tão disputada que o jogo está sendo jogado em quatro frentes. Uma de oposição, outra ambígua e duas restantes capitaneadas por parlamentares da base aliada à prefeitura. Por enquanto, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) se mantém neutro e, segundo amigos próximos, só vai se envolver em último caso.
Contudo, convém relembrar que, na ultima eleição, Kalil se viu obrigado a interceder no pleito, especialmente para a escolha do nome da presidência. Quando faltavam apenas 2 dias e, diante de uma discussão interminável, ele entrou na parada e teve êxito.
Quem é quem?
Segundo informações divulgadas pela imprensa, a atual presidente da Casa, vereadora Nely Aquino (Podemos), tem vantagem em relação aos demais nomes, pois se reuniu com mais de duas dúzias de colegas demonstrando, assim, que tem condições de ser reeleita. Aliás, Nely conta com uma boa margem de votos da bancada feminina. O problema da vereadora, conforme se comenta nos bastidores, é o fato de ela estar fazendo alianças com adversários históricos de Kalil, como é o caso do Partido Novo. Ou seja, ela tem um bom percentual de votação, porém, seus aliados têm ligações com situação e oposição ao chefe do Executivo.
Por seu turno, quem está animado para a empreitada é o parlamentar Álvaro Damião (DEM), o homem da Itatiaia. Se for eleito, estaria de bom tamanho, afinal ele é um dos aliados de primeira hora do comando da PBH, comentam pessoas próximas. Ao longo da semana, Damião manteve contato com colegas, defendeu a bandeira da moralidade e continua acreditando em suas chances de vitória.
Ainda da base aliada do governo outro nome com força é o do vereador Bruno Miranda (PDT). Assim como outros participantes da disputa, ele tem experiência na Casa e, além disso, promete realizar uma administração transparente.
Até agora, a única bandeira efetivamente de oposição está sob o comando de Duda Salabert (PDT). Ela está atuando pela aglutinação das esquerdas, mas não revela ao certo qual será seu lema principal à frente da Casa. A vereadora tem bastante respeito de seus pares, especialmente por ter sido a mais votada de toda a história de Belo Horizonte. Neste vai e vem, os candidatos ao posto de presidente da Câmara têm evitado a formação de chapa completa, com todos os demais nomes da Mesa Diretora. Eles esperam o momento final para esse tipo de atitude.
É bom lembrar ainda que, neste cenário eleitoreiro, corre por fora o vereador Irlan Melo (PSD). Atual vice-líder da PBH, ele tem dito a amigos próximos: “o que esse meu grupo decidir, para mim, está bom”. Ou seja, não é candidato, mas se tiver uma oportunidade, não vai desperdiçá-la.