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Black Friday vai injetar R$ 2,01 bi na economia de Belo Horizonte

Se consolidando como uma das principais datas do comércio, a Black Friday deste ano acontece no dia 27 de novembro. Para o período, os comerciantes tentam recuperar os prejuízos causados pelo tempo em que ficaram com as portas fechadas por consequência do isolamento social. Uma pesquisa da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) aponta que a data deve movimentar R$ 2,01 bilhões na economia da capital mineira.

A análise mostra ainda que os consumidores estão animados com o evento, mas que vão aproveitá-lo com cautela. Dos entrevistados, 54,8% disseram que pretendem comprar na Black Friday. Quando comparado com 2019, a porcentagem apresenta aumento de 9,6%. A expectativa dos compradores em relação aos descontos é positiva: 49,3% acreditam que haverá melhores reduções que em 2019; 20,8% acham que será pior; 18,5% regular; 7,4% muito melhor e 4,1% muito pior. Os clientes esperam um desconto médio de 42,3% nos produtos.

Os eletrodomésticos lideram o ranking de produtos mais desejados para este ano, sendo o objetivo de compra de 59,7% dos entrevistados. Em seguida aparecem as roupas (19,9% das respostas), cosméticos e perfumes (18,1%) e smartphones (15,4%).

O presidente em exercício da CDL/BH, José Angelo de Melo, explica que a Black Friday já é a segunda data de vendas mais importante para o comércio, perdendo apenas para o Natal. “O período alavanca as vendas, principalmente de eletrodomésticos, smartphones, ou seja, bens de maior valor agregado. Por isso que o tíquete médio é mais elevado tanto que, este ano, esperamos algo em torno de R$ 1.275”.

Ele acrescenta que o faturamento de R$ 2,01 bilhões está dentro do esperado. “Tendo em vista o cenário macroeconômico adverso que estamos vivendo: taxa de desemprego elevada e redução de renda (tanto pelo desemprego quanto pela diminuição de carga horária)”.

Melo ressalta que este é um importante momento para o varejo recuperar algumas perdas que sofreu ao longo do ano. “Como foram muitos meses de lojas fechadas, a Black Friday é uma oportunidade de o lojista aumentar as vendas e girar o estoque”.

Cartão de crédito

A análise da CDL/BH apontou que o cartão de crédito parcelado será a opção de pagamento de 47,8% dos consumidores entrevistados. O estudo indica que 25,9% optarão pelo débito; 12% pelo dinheiro; 10,1% pelo pagamento à vista no cartão de crédito e 2,7% no boleto.

Para o presidente em exercício, o consumidor compra bens de maior valor agregado de forma parcelada. Mas é preciso tomar cuidado em relação à inadimplência. “Se não houver um planejamento financeiro e prestar atenção apenas se a parcela cabe no bolso naquele momento, a inadimplência pode vir nos meses decorrentes”.

Para fugir desse perigo, a empresária Rita Coelho vem juntando dinheiro há um tempo para comprar uma geladeira maior. “Vendo doces e bolos e a geladeira que tenho já não comporta. No ano passado fiquei com receio de cair em furada, muita gente falava que a Black Friday na verdade era “Black Fraude”, mas vi que muitas lojas ofereceram bons descontos”.

Durante todo ano de 2020, ela guardou dinheiro para pagar à vista. “Pretendo ir até a loja e negociar bastante. Tenho um valor considerável guardado e de acordo com as pesquisas que fui fazendo, é o suficiente para comprar exatamente o que quero”.

On-line em destaque

As mídias sociais terão papel importante nesta edição da Black Friday. Segundo 96,8% dos lojistas entrevistados, o Instagram será o principal canal de divulgação; 60,3% vão usar o Facebook e 9,5%, o Whatsapp. Outros mecanismos de propaganda também foram citados, como decoração da loja (5,6%), site (4,8%), decoração da vitrine (4%), televisão (2,4%), panfletagem (1,6%) e carro de som (0,8%).

As compras on-line também estão em evidência. A análise mostra que essa edição da Black Friday será marcada pelo e-commerce, com 72% das pessoas optando pela aquisição em sites. Mas as lojas de rua ainda mantêm sua força e representam a escolha de 46,3% dos entrevistados. Os que irão realizar as compras nos shoppings representam 29,4%; 11% utilizarão aplicativos e 8,9%, as redes sociais.

Melo observa que a transformação do digital veio para ficar e até mesmo acelerar o comércio on-line. “Com a pandemia e o isolamento social, as pessoas estão dando preferência à comodidade, à segurança e a facilidade e, por isso, estão comprando pela internet. Mas somos seres sociais, então, lojas de rua e shoppings centers, ainda estão no foco da população. Os consumidores gostam de conferir o produto presencialmente”.