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Pelo 2º ano consecutivo, principal meta do brasileiro é guardar dinheiro em 2020

Um novo ano começou e com ele as tradicionais metas para serem cumpridas durante este período. Dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostram que os objetivos financeiros para 2020 já são velhos conhecidos do consumidor. Pelo segundo ano seguido, guardar dinheiro é a principal meta financeira do brasileiro (49%). Planejar uma viagem (30%), comprar ou reformar a casa (28%) e tirar as finanças do vermelho (27%) também aparecem na lista.

A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, ressalta que economizar dinheiro também foi a principal meta que os brasileiros não conseguiram realizar em 2019. “Fazer uma reserva econômica é a ‘cereja do bolo’, pois isso mostra que a pessoa conseguiu se organizar financeiramente e gastou os recursos com mais eficiência”.

O levantamento revela ainda que houve uma queda de 11 pontos percentuais entre os que estão otimistas com o quadro econômico para 2020, passando de 72% para 61% na comparação com os que esperavam um cenário melhor para 2019. Ainda assim, a maioria se mantém confiante. Já 19% acreditam em um ambiente igual e apenas 12% pior.
“Esse resultado traduz o sentimento do brasileiro em relação à economia. A recessão acabou em 2017 e, desde então, esperava-se que o cenário melhorasse e voltasse a ser aquecido como nos anos anteriores, mas isso não aconteceu. Houve melhora, mas não como imaginávamos”, esclarece Marcela.

Para os que têm boas expectativas, as razões apontadas são o sentimento de que as coisas podem melhorar apesar dos problemas (60%), a confiança de que haverá uma recuperação econômica (48%) e a esperança de que o governo irá fazer as reformas que o país precisa (26%).

Velhos problemas
Apesar do fim da recessão, os problemas referentes a ela ainda permanecem na vida dos brasileiros: 6 em cada 10 (63%) afirmam que os efeitos da crise, como desemprego e renda baixa, afetaram seu dia a dia. Em contrapartida, 19% não perceberam algum tipo de reflexo no cotidiano e outros 18% não souberam dizer.

Ademais, muitos consumidores pretendem tomar atitudes para evitar tais efeitos em 2020, como pesquisar mais preços neste novo ano (46%), ter maior controle sobre as contas da casa (42%), comprar produtos similares de marcas mais baratas (38%), evitar fazer compras parceladas (37%) e fazer reserva financeira (35%).

Marcela afirma que, apesar dos brasileiros continuarem sentindo os efeitos do ambiente econômico, a maioria ainda traça planos para o ano que se inicia. “É importante adotar uma postura mais preventiva, que deve vir acompanhada de preparo e de metas para que se possa atingir os objetivos sem se perder no controle das contas”, destaca.

E para conseguir colocar as metas em prática, a economista diz que é necessário priorizar a vida financeira. “Como dica, sempre digo que é importante dedicar algumas horas da semana para fazer o balanço financeiro, anotando tudo o que está devendo e comparando com o que se ganha. Outro ponto fundamental para conseguir guardar dinheiro é fazer alguns cortes no orçamento e gastar melhor. Algumas contas são inevitáveis, por isso, temos que priorizá-las”, finaliza.