O conselho técnico reunindo os 12 clubes da divisão principal de Minas aprovou a fórmula da disputa que vigorava há mais de uma década e modificada para pior em 2017 e 2018. Explicando melhor: cada equipe faz 11 partidas em turno único, classificam-se os 4 primeiros para as semifinais e os 2 últimos são rebaixados. Foi criada uma Taça Inconfidência entre os não classificados que nada altera a fórmula principal. Fica extinta aquela partida estranha chamada quartas de final, inútil e injusta.
De 22 de janeiro a 26 de abril vamos conviver com a nossa competição regional, jogada há mais de 100 anos e que já teve no imaginário do torcedor uma importância muito maior. De qualquer modo, parabéns.
Esse espaço de quase 3 meses para a bola rolar precisa ser melhor aproveitado pelas equipes do interior para cuidarem de seus gramados, vestiários, condições de segurança e melhoria dos elencos. A bem da verdade não se tem notícia de quantas das 12 equipes estão em atividade profissional.
Agora é montar uma tabela inteligente respeitando os interesses da TV, mas respeitando também os direitos do torcedor.
Muito importante: o Campeonato Mineiro é o começo da temporada e para os grandes clubes Cruzeiro, Atlético e América é assim que deve ser vivido. Convenhamos que a temporada de 2019 no nosso estado não foi boa e o descontrole financeiro das agremiações vai ter que ser enfrentado de forma técnica, profissional, competente e corajosa.
Estamos constatando pelo Brasil afora uma onda de jogadores lançados nos times principais e com ótimo resultado técnico, sem contar as possíveis vendas futuras. Em Minas, a fonte secou. Há quanto tempo não aparece aqui um grande jogador? Há quanto tempo o interior não revela as joias antigas?
A consequência de tudo isso está muito visível e a fatura chegou. Mais do que nunca a realidade exige mudanças radicais. Não há condição de conviver com folhas de salários tão altas, jogadores discutíveis e dívidas crescentes, impagáveis. Ainda dá tempo de arrumar a casa, é só ter juízo.