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Mentiras políticas

Luiz Carlos Borges da Silveira

Quando olhamos para o atual cenário político do Brasil, entre acusações e negações, malas de dinheiro e os mais variados problemas enfrentados logo vem à cabeça de céticos e críticos do sistema, que veem a política como arte da dissimulação: “A política é uma grande mentira!”. E eles não estão longe da verdade, porque (ressalvadas algumas poucas exceções) governantes, políticos, dirigentes de partidos e demais envolvidos nesse meio, usam abusivamente desse expediente imaginando ser o povo ignorante e incapaz de perceber.

Mentem por interesse pessoal para encobrir malfeitorias, para eximir-se de responsabilidades na tentativa de justificar erros e fracassos. Mentem por qualquer motivo, sem a menor preocupação. O que muitos não entendem é que a mentira desgasta logo, a verdade aparece e aprofunda o descrédito do mentiroso. Há casos de governadores que no período eleitoral apresentavam cenário excepcional em seus Estados e, hoje, enfrentam manifestações e protestos.

Há algum tempo, um governador teve o nome de um parente envolvido em irregularidades. Em vez de aceitar o fato e dizer que a apuração policial e a decisão judicial, em caso de culpa, deveriam ser cumpridas e respeitadas, preferiu negar. Dias depois as denúncias se confirmaram, o governante se viu em saia-justa e não pôde mais justificar o injustificável. E esse é um simples exemplo, de casos que são quase rotineiros na mídia.

O que os políticos deveriam entender é que o recomendável é não mentir, e sim dizer a verdade com sinceridade e, com isso, agregar apoios nos momentos difíceis. Deveriam, também, lembrar-se do dito popular que afirma: “a mentira tem pernas curtas”. Tão curtas que, para alguns, ela é pega dias ou semanas depois, para outros perdura até a próxima eleição, que aliás está chegando.