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Quase metade dos estudantes querem aprender uma nova língua

Ano novo, metas novas. É com essa disposição que a maioria dos brasileiros começam 2019. Uma prova disso é que, de acordo com pesquisa realizada, com mais de 20 mil pessoas, pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), no início do ano, 49,2% dos estudantes querem aprender uma nova língua neste ano.

Lilene Ruy, supervisora de Inclusão Social e Processos Personalizados do CIEE, acredita que a vontade de dominar um outro idioma está estritamente ligada ao fato de aprender, principalmente, o inglês, pois os estudantes estão notando que há uma demanda mercadológica por profissionais que dominem essa língua.

“Na maioria das vezes, uma empresa, em especial as multinacionais onde tem-se os melhores salários, precisa de uma pessoa que seja fluente no inglês até para compreender e executar as tarefas cotidianas. Sem o inglês, quem está a procura de emprego fica restrito apenas às vagas que não exigem o idioma e que podem ter remuneração menor”.

Uma das pessoas que percebeu a importância de saber outro idioma é o estudante de jornalismo Matheus Zanandrez. Ele está tendo dificuldade para encontrar estágio devido a isso. “Normalmente, as melhores vagas (que pagam bem e são mais renomadas) exigem o inglês. Então você manda o currículo completo, cheio de experiência, mas com a lacuna do idioma. É realmente um diferencial”.

Hoje ele não está trabalhando formalmente, mas devido a sua formação como músico, dá aula e atua como sideman (pessoa contratada para tocar apenas em uma ocasião específica). “Neste ano vou começar a fazer um cursinho, pois sinto que não saber inglês me impossibilita de interagir com o mundo e, até mesmo, de adquirir conhecimento, já que muita informação não tem tradução. Por exemplo, desde criança sempre gostei de jogar videogame e vários jogos são em inglês. Na época, eu sabia muito pouco e isso me impossibilitava de finalizar todas as fases”.

Outros dados
O levantamento mostrou também que ser voluntário e fazer um intercâmbio cultural são desejos de, respectivamente, 16,5% e 8,7% dos entrevistados. Lilene reitera que há uma tendência desta nova geração, que está começando a entrar no mercado de trabalho, na qual o emprego deve ser um local de aprendizado e felicidade.

“Diferentemente de outras gerações, o jovem de hoje não quer apenas ser feliz na sua vida pessoal, quer também a satisfação no local de trabalho. Para ele, o emprego deve ser um local de constante aprendizado e estimulante. Se não tiver isso, rapidamente o jovem vai procurar outro lugar”.

Ademais, uma segunda pesquisa realizada pelo CIEE, que ouviu mais 21 mil pessoas, constatou que os jovens estão com grandes metas de estudo para 2019. Enquanto 42,6% querem entrar em uma faculdade, 23,7% ainda vão entrar em um curso superior e um total de 29,9% desejam realizar um curso extracurricular. Menos de 4% dos entrevistados responderam que não possuem nenhuma meta para este ano. “Em todo começo de ano, as pessoas colocam metas para que aquele novo período seja melhor do que o anterior”, finaliza.