Os políticos estão acompanhando de perto o desenrolar do embate pela sucessão da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) sem encontrar alguma possibilidade, por enquanto, de influenciar o pleito.
O governador Fernando Pimentel (PT); o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG), Adalclever Lopes (PMDB); e o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade são apenas alguns dos nomes engajados no assunto. E o porquê disso? O Sistema Fiemg, incluindo o Sesi, Senai e outras entidades geram milhares de empregos diretos, sem contar que o segmento industrial é responsável por implementar a riqueza do Estado, por meio do pagamento de impostos e/ou quantidade de postos de trabalhos criados anualmente.
A sucessão da federação tem sido discutida fora do Estado, especialmente em Brasília e São Paulo. Isso se deve muito por interferência, mesmo que indireta, do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Antônio Skaf. Ele, segundo fontes da capital federal, estaria interessado em manter sob sua mira nomes de presidentes de federações importantes, com a finalidade de buscar uma possível candidatura à CNI. Esse assunto é, inclusive, do conhecimento de muitos parlamentares mineiros.
Nos bastidores, a campanha para sucessão do presidente Olavo Machado, atual presidente, é intensa. O candidato de oposição, empresário Flávio Roscoe, recentemente, deu uma demonstração de força ao reunir cerca de 80 convidados, em tom de campanha. Mas de acordo com observadores, entre os convidados, estavam presentes aproximadamente 50 pessoas credenciadas a votar.
Consta que Roscoe vem entabulando a sua candidatura há 3 anos. Ou seja, ao longo do tempo, sempre esteve atento à possibilidade de abrir caminho com a finalidade de colocar sua candidatura em prática.
Em contato com a imprensa, semana passada, o empresário e ex-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Pesada no Estado de Minas Gerais (Sicepot-MG), Alberto Salum, que também é candidato, se mostrou otimista. “Tenho apenas quatro semanas de trabalho intenso e, apesar de pouco tempo, já posso contabilizar algo próximo de 60 apoiadores”. Salum considera haver um crescimento considerável e, em breve, terá condições de ficar pareado com o seu adversário. Mas essa batalha, pontifica o candidato, só vai ser resolvida na eleição, realizada no primeiro semestre de 2018. “Até lá, vou caminhar para mostrar aos empresários as minhas propostas. Sou e serei um candidato independente, claro que vou contar com o beneplácito do atual presidente a quem tenho revelado, pessoalmente, a intenção de manter os bons programas desenvolvidos”, comenta.
Fora esses nomes referidos, existem outras possibilidades, já que o pleito só vai acontecer em março. Em verdade, muitos dos atuais membros da diretoria e, até mesmo, presidentes de sindicatos ainda podem manifestar interesse na sucessão da Fiemg. Nos bastidores da ALMG, semana passada, comentou-se, por exemplo, que o reeleito presidente do Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (Sindiextra) e atual vice-presidente da federação, Fernando Coura, poderia ser uma alternativa. Isso é, no caso de se buscar alguém para o encaminhamento de um consenso. Mas ele ao ser sondado, recentemente, por pessoas próximas, disse: “Por enquanto, não estou participando dessa luta”.