Secretários de Pimentel
A falta de dinheiro nos cofres do governo de todos os níveis já se tornou uma espécie de cantilena nacional. Em Minas, muitos secretários estão sem condições de realizar programas por absoluta falta de numerário em caixa. Aliás, muitos desses titulares tem em comum mais uma reclamação: nem sempre consegue despachar diretamente com o governador Fernando Pimentel (PT), por conta do cerco formado pelo denominado núcleo duro da Cidade Administrativa. A dificuldade de agendamento entre titulares de Pastas e o chefe do Executivo estadual, especialmente, para que comanda as secretarias de menor relevância é uma reclamação recorrente. É o jogo bruto do poder.
Sem plano B
O Governo Federal não tem um plano B, no que diz respeito à recuperação da economia. Eles têm uma meta pesada de arrocho fiscal, comandada pelo ministro Henrique Meirelles, legítimo representante dos banqueiros no Palácio do Planalto. Contudo, os programais sociais, ainda existentes, estão com os dias contados. Palavras ásperas do cientista político mineiro Emir Sader, durante entrevista em um programa de TV.
Coitada da Veja
Alguns jornalistas de proa em Minas e em Brasília, tomaram uma decisão corajosa. Se a Revista Veja, não provar a veracidade da matéria envolvendo o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e sua irmã Andrea, de manterem contas no exterior, eles irão parar a revista.
Cena única – Enquanto se verifica a autenticidade dos fatos, a notícia da Veja, no interior mineiro, disseminou um enorme balde de nitroglicerina na vida política do senador tucano. Seu nome, se as eleições fossem hoje, não conquistaria votos suficientes para se eleger como deputado estadual. Coisas da política, claro.
Fim da reeleição?
O instituto da reeleição no Brasil trouxe uma série de problemas, inclusive, fez brotar a Operação Lava Jato. Para diminuir a corrupção nos meios políticos, o ideal seria acabar de vez com essa maldita chance de quem está no cargo, como presidente da República, governador e prefeito, poder disputar um novo pleito sem ter de deixar o cargo. Palavra do ex-desembargador do Tribunal Regional Eleitoral, e atualmente, professor da UFMG, Hermes Guerreiro.
FHC falou bobagem?
Do alto dos seus mais de 80 anos, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) tem protagonizado muitas cenas políticas, com suas opiniões polêmicas sobre os mais diversos assuntos. A mais recente pérola foi a seguinte: não gostaria que o TSE caçasse a chapa Dilma-Temer, pois isso traria instabilidade ao país. Contrariando seu ex-guru, o ex-deputado e advogado paulistano Airton Soares, considera a fala de Cardoso como um ponto fora da curva. Para o causídico, quem deve, tem de pagar e essa história de instabilidade das instituições é balela. “Isso é coisa de quem quer continuar influenciando esse governo que está aí de plantão”, afirma.
Intervenção no Rio
Alguns setores mais conservadores das forças políticas brasileiras estão, em tese, apoiando a ideia disseminadas por meio das redes sociais, sugerindo que para resolver a situação caótica, tanto financeira, como de falta de segurança do Rio de Janeiro, só será possível com uma intervenção Federal.
Comentário único. Só para deixar registrado: foi mais ou menos nessa direção que se iniciaram os primeiros movimentos de 1964, quando, então, eclodiu a Revolução Militar da época. Vamos devagar, gente.
Casuísmo explícito
A crônica política de Brasília, entende que a votação do projeto prevendo a punição os abusos de autoridades deveria ser votado em um momento mais oportuno, não agora, em pleno debate sobre a Operação Lava Jato. “Isso está sendo considerado um verdadeiro casuísmo”, comenta a jornalista Cristiana Lôbo. Acontece que os políticos não querem saber da opinião de jornalistas. Eles irão para a votação do projeto de unhas e dentes para criar uma lei visando beneficiá-los no sentido de evitar o “cara a cara” com o juiz Sérgio Moro.
Detran calado
O Detran/MG, em janeiro, faz o maior barulho ao dar desconto para as pessoas que pagam o IPVA a vista. Fez propaganda em TV, rádio e internet, se o motorista tem a grana, ele paga e fica livre, se parcela é um problema, caso atrase, o juros por dia é um absurdo. Depois de gastar esses valores que todos nós consideramos fora da realidade, aí vem o pior – pela lei, o Detran tem aproximadamente 10 dias úteis para a entrega dos documentos, só que este ano, muitos motoristas não receberam o documento até hoje. E o pior, o Detran não dá satisfação nenhuma.
Política em Contagem
Somente nas últimas semanas, o prefeito de Contagem, Alex de Freitas (PSDB), apareceu mais na mídia do que os prefeitos de BH e Betim juntos. Isso é bom para o município, pois demonstra o prestígio de seu prefeito. Mas, nos bastidores, pode provocar muito ciúme político.
Mercado Central
Em época de campanhas políticas, o Mercado Central, em Belo Horizonte, é ponto obrigatório para contatos com os eleitores. Mas o prefeito de BH, Alexandre Kalil (PHS), depois de eleito, não apareceu por lá para um cafezinho com os comerciantes, que na época da campanha se demonstraram entusiasmados com o candidato.
Aécio e os prefeitos
De fevereiro para cá, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), recebeu em seu gabinete inúmeros prefeitos do PSDB, que foram levar reivindicações dos municípios ao Governo Federal. Só que, diante da impopularidade e dos problemas enfrentados pelo tucano, alguns chefes de Executivo estão adiando essas visitas. Coisas da política, claro.
PSDB x Pimentel
Até o final do ano passado, o deputado estadual do PSDB, Gustavo Valadares, batia pesado no governador Fernando Pimentel (PT), por conta de seus problemas com a Justiça. Mas, agora, como o PSDB entrou na mira da Lava Jato, o tucano mineiro deu uma recuada estratégica. O papel de opositor mais ferrenho na Assembleia Legislativa ficou a cargo apenas de outro parlamentar, Gustavo Corrêa, dos Democratas, sem a mesma persuasão oratória do primeiro.
Reforma urbana
O tema reforma urbana, tem ocupado grandes espaços da mídia, mesmo porque, se tornou um debate presente em todas as campanhas políticas. Sobre o tema, a professora da Unicamp, Ermínia Maricato, disse recentemente que em Belo Horizonte, assim como nas grandes cidades do país, um quarto e população vive de maneira irregular, e isso, dia após dia, se transforma em um problema público, à primeira vista, sem solução. Ou seja, um assunto que ainda vai render muitos discursos podem apostar.
Esperteza política
Para manter os parlamentares felizes, o Governo Federal não irá cortar as verbas indenizatórias. Pelo contrário, continuará liberando dinheiro das denominadas emendas parlamentares para pequenas obras em municípios espalhados pelo país afora. Enquanto isso, eles estão votando todas as reformas enviadas pelo Governo Temer, inclusive, as impopulares. Essa é a avaliação de pessoas que convivem diariamente no Congresso Nacional. Coitado do povão!
Financiamento de campanha
Aqui no Brasil e no mundo, o financiamento de campanhas políticas sempre apresentaram falhas. Mas, a luta para depurar esse sistema deve ser permanente, palavra do cientista político e advogado paulistano Marco Antonio Lacerda.
Comentário único – A avaliação do advogado e cientista político deveria ter acrescentado que se não existe segurança no sistema de arrecadação de dinheiro para os pleitos públicos, deve-se, com certeza, ao desinteresse dos políticos em regulamentar para valer esse sistema.
Abrigos para velhinhos
Já tem vereador sonhando acordado em BH. Alguns deles querem votar um projeto forçando a PBH a criar abrigos públicos para maiores de 70 anos, nas diversas regiões da cidade. A prefeitura encontra dificuldade para cuidar dos moradores de rua, o que é uma verdadeira tragédia social, imagina se terá recursos para um trabalho dessa envergadura proposta pelos vereadores?
Fora da política
Tocando outros projetos em sua vida, atualmente, como superintendente-executivo de Relações Institucionais da Fiemg, Paulo Brant, depois de ter sido lançado e afastado como candidato a Prefeito de BH por Marcio Lacerda (PSB), não quer saber de política. De modo que quem o imaginava candidato a deputado federal em 2018, pode esquecer essa possibilidade, avisam alguns amigos.
Reforma política
O renomado historiador e cientista político Luiz Felipe Pondé garante que a reforma política no Brasil é necessária e pode até não sair do papel agora, mas no futuro, será inevitável. Ele, assim como os outros pensadores sobre o assunto, entendem que o nosso regime democrático tem falhas estruturais, mas, ainda continua sendo o melhor regime existe, até porque, vale tudo, menos a ditadura militar.
TV Câmara
Teve ter havido algum cochilo do presidente da Câmara de Vereadores de BH, Henrique Braga (PSDB), em relação ao processo de licitação que venceu e ensejou a que a TV Câmara, importante instrumento de comunicação da Casa com a sociedade, ficasse fora do ar por um longo período. É a primeira vez que acontece esse fato, desde que ela começou a funcionar, há cerca de 15 anos. Vamos lá, presidente!
Prédio à venda…
Um prédio de quatro andares, na rua do Ouro, na Serra, em BH, está com placa de vende-se ou aluga-se. O local funcionou até recentemente, como a sede da famosa Vox Populi – instituto de pesquisas do renomado cientista político Marcos Coimbra, agora, envolvido em processos investigados pela Polícia Federal. Cruz credo!