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Quem sabe, sabe

DESCONTO DE 10% NAS CONTAS DA CEMIG

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que é de cerca de R$ 900 milhões o valor que terá que ser devolvido aos consumidores devido a uma cobrança indevida nas contas de luz. Anteriormente, a Aneel havia dito que o valor da devolução poderia chegar a R$1,8 bilhão, mas o cálculo foi reduzido, porque nem todas as distribuidoras haviam cobrado os valores a mais em 2016, já que o montante foi incluído no processo de reajuste de cada concessionária, de acordo com o seu aniversário tarifário.

A agência reguladora aprovou o processo extraordinário de ajuste de 90 distribuidoras do país. Com isso, as contas da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) vão ficar 10,6% mais baratas. Mas, em maio, acontece a revisão tarifária.

MAIS IMPOSTO? NÃO!

O governo pode anunciar um aumento de impostos para conseguir fechar as contas públicas neste ano. A elevação deve se focar, neste primeiro momento, no PIS e na Cofins e em acabar com a desoneração da folha de pagamento com determinados setores, de acordo com análise da consultoria de risco político Eurasia, com sede em Nova York. O aumento dos tributos pode render um terço dos R$58,2 bilhões que o Governo precisa para alcançar a meta fiscal de 2017, ou seja, cerca de R$20 bilhões. A Eurasia ressaltou, em relatório liberado ontem, que a arrecadação menor que o previsto no Brasil, por causa da forte recessão, dificulta o cumprimento da meta fiscal. Para 2017, o déficit primário previsto é de R$139 bilhões. Dos R$58,2 bilhões que ainda faltam, além da alta de impostos, receitas extraordinárias e corte de gastos também devem ser usados para tapar o buraco, cada um cobrindo cerca de um terço do total.

TÍTULO DE CRÉDITO PRIVADO

Os últimos 3 anos foram de ganhos fáceis e seguros para o investidor brasileiro. Sem muito esforço, foi possível alcançar uma remuneração na casa dos dois dígitos com a simples aplicação em um título público. No entanto, o cenário está mudando com a queda acentuada da Selic, e quem quiser manter rendimentos elevados terá de arriscar mais. Uma saída para os que vão manter as aplicações em renda fixa é investir em papéis emitidos por empresas, como as debêntures. Elas pagam mais do que os títulos do Tesouro Nacional, mas o risco também é maior. A única forma de evitar armadilhas nessa transição é estudar a fundo as opções disponíveis.

CANAL ABERTO

Rato não, Anvisa. Imagine achar um pelo de rato ou uma pata de barata na sua comida? Seja qual corpo estranho for, se estiver dentro do limite máximo permitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), está liberado. Pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC 14) de 2014, um fragmento de pelo de roedor pode ser encontrado a cada 100g de chocolate ou a cada 10g de molho de tomate. Já no caso de pedacinhos de insetos, são permitidos até 75 a cada 50g de farinha. Se for no chá de menta ou hortelã, pode ser até 300 fragmentos a cada 25g.

Envelhecer não sinônimo de doença. Doenças como osteoporose e catarata, além de quedas, são frequentemente associadas à chegada da velhice. Entretanto, diferentemente do que se imagina, adoecer não deve ser considerado algo natural nessa fase da vida. Pelo contrário. Cada vez mais existe a possibilidade de viver a terceira idade com a saúde plena. A expectativa de vida dos brasileiros está em 75,5 anos, conforme o último levantamento feito em 2015, e segundo o professor da pós-graduação em geriatria da Faculdade Ipemed de Ciências Médicas Leonardo Lopes, o idoso deve saber que ele pode apresentar alguma enfermidade, mas que, se ela for adequadamente diagnosticada e tratada, não vai comprometer sua qualidade de vida.

Leitos pediátricos. Mais de 10 mil leitos de internação em pediatria clínica – destinados a crianças que precisam permanecer no hospital por mais de 24 horas – foram desativados na rede pública de saúde nos últimos seis anos. É o que revela levantamento divulgado ontem pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Os números mostram que, em 2010, o país dispunha de 48,3 mil leitos pediátricos para uso exclusivo do Sistema Único de Saúde (SUS). Já em novembro passado (último dado disponível), o total baixo para 38,2 mil – uma queda de cerca de cinco leitos por dia. Ainda segundo o estudo, 40% dos municípios brasileiros não têm nenhum leito de internação desse tipo.

Cabeça boa. Imagine que cinco pessoas precisem subir uma ladeira íngreme e o que têm à disposição é apenas um carro 1.0. Elas podem escolher se fazem apenas uma viagem com todas juntas ou se irão dividir-se em dois grupos, indo um de cada vez. A maneira escolhida vai afetar o desempenho do carro e o tempo de viagem. A mesma coisa acontece com o cérebro. O órgão foi feito para receber dados o tempo todo, sem limites. Mas para aproveitar melhor sua capacidade, é preciso administrar a potência de entrada de dados. Para entender melhor como usar toda a capacidade do órgão, a Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, está realizando estudos com o objetivo de descobrir novas formas para medir, analisar e aumentar as funções cerebrais.

Justa causa. Um celular pode fazer você perder o emprego. Foi o que aconteceu com um serralheiro de Maringá, no Paraná. Ele não cumpriu a regra de segurança da empresa, que vedava o uso do celular durante o expediente, e foi demitido por justa causa. O caso está na Justiça, ainda cabe recurso, mas até agora está mantido o entendimento da sentença proferida pela 3ª Vara do Trabalho de Maringá. O diretor da escola da Associação Mineira de Advogados Trabalhistas (Amat), Antônio Queiroz, observa que no caso em questão o celular era proibido em razão de normas de segurança. “É preciso tomar cuidado no uso do celular não só no local de trabalho, mas no dia a dia. É possível sofrer um acidente, como bater o carro ou cair na rua, por causa de distrações ao utilizar o aparelho”, observa.